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Governo do Afeganistão promete reconhecer Talibã em troca de paz

Presidente afegão Ashraf Ghani propôs reconhecer o grupo como partido político e libertar prisioneiros em troca do fim em mais de 16 anos de conflito

Por Da redação
28 fev 2018, 10h53

O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, ofereceu aos talibãs, nesta quarta-feira, o reconhecimento do grupo como partido político, dentro de uma proposta para abrir um processo de negociação com o objetivo de encerrar mais de 16 anos de conflito.

Ghani disse na abertura da segunda rodada de Processo de Cabul, um mecanismo com acompanhamento internacional que procura impulsionar um plano de paz no Afeganistão, que seu governo está disposto a dar aos talibãs um escritório, emitir passaportes e seguir o processo legal para eliminar as sanções contra ele.

“Em nome do Governo da Unidade Nacional, proponho um plano de paz aos talibãs no qual os interesses supremos do país e os direitos e a participação de todos os cidadãos estão assegurados”, afirmou o presidente afegão.

O processo de paz seria desenvolvido em três fases que exigiriam, de acordo com Ghani, criar um “quadro político, aplicar um cessar-fogo” e “os talibãs deverão ser reconhecido oficialmente como partido político”.

Também serão tomadas medidas para a libertação de prisioneiros, para que os talibãs possam acessar os veículos de imprensa e para a “realocação das suas famílias”. “Medidas devem se tomadas para ganhar confiança, preparar o caminho para eleições livres e justas”, disse.

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Ashraf Ghani, que já se referiu ao grupo como “terroristas” e “rebeldes”, afirmou que o governo procura uma paz “real e duradoura” com os talibãs, por isso que sua oferta é para conversas “sem condições prévias ou restrições”.

Além disso, o presidente também se mostrou aberto a alterar a constituição “se for necessário”, embora ressaltou que a Carta Magna é a lei a seguir, afirmando que se devem preservar os direitos das mulheres e não será aceito nenhum grupo vinculado com interesses estrangeiros.

Ele acrescentou que o Alto Conselho para a Paz, um órgão governamental, formaria uma delegação para estas conversações com representação de mulheres e da sociedade civil.

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O Talibã luta desde 2001 para restaurar um governo islâmico no país depois que o grupo foi expulso por forças lideradas pelos Estados Unidos. É reconhecido como uma organização terroristas pelos Estados Unidos, União Europeia e Rússia.

Ainda não se sabe se os talibãs aceitarão a oferta do presidente. Ser um partido político implicaria o reconhecimento por parte do movimento do atual governo afegão e a necessidade de respeitar o estado de direito.

(Com EFE)

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