O governo de Ciudad Juárez, no norte do México, anunciou nesta segunda-feira que aquartelará em hotéis seus policiais municipais para protegê-los de atentados do narcotráfico, após o assassinato de 11 agentes em quatro semanas.
O “aquartelamento dos agentes municipais é para prevenir atentados”, explicou à imprensa o prefeito Héctor Murguía, afirmando que a medida custará US$ 1,5 milhão, que sairão do corte de outros programas.
O secretário de segurança municipal, Julián Leyzaola, explicou que os policiais estão em “alerta vermelho” devido aos ataques do chamado “Novo Cartel de Juárez”, uma organização que enfrenta na região o grupo “Gente Nueva”, ligado ao cartel de Sinaloa.
O “Novo Cartel Juárez” ameaçou matar um policial por dia até que Leyzaola renuncie.
Nesta segunda-feira foi registrado um ataque no qual ficaram feridos três policiais, enquanto três membros do grupo agressor morreram no local e outro ficou ferido.
Os três policiais se encontram estáveis e “estão resguardados em um hospital da cidade”, detalhou a secretaria de Segurança em um comunicado.
Ciudad Juárez, na fronteira com El Paso (Texas, Estados Unidos), é considerada a cidade mais violenta do México, com 1.206 homicídios relacionados com o crime organizado entre janeiro e setembro de 2011.
Nesta segunda-feira, outras oito pessoas foram assassinadas na região, entre elas um jovem de 22 anos que foi tirado à força de sua casa e em seguida apareceu morto, com pés e mãos atados e um saco plástico cobrindo sua cabeça.
A violência gerada pelo confronto entre cartéis da droga, somada à ofensiva militar do governo para reprimi-los, já provocou mais de 50.000 mortes nos últimos cinco anos, segundo cifras da imprensa local.