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Governo de Assad acusa enviado da ONU de ‘parcialidade’

Chancelaria repudia sugestão de que ditador fique fora do processo transitório

Por Da Redação
10 jan 2013, 14h56

O governo sírio acusou nesta quinta-feira o enviado internacional Lakhdar Brahimi de “parcialidade flagrante” por ter criticado o “plano de paz” apresentado por Bashar Assad no último domingo. A proposta do ditador para acabar com a crise de 21 meses previa o fim das operações militares no país seguido de um diálogo nacional presidido por seu próprio governo. “A Síria está indignada com as declarações de Lakhdar Brahimi, que ultrapassou os limites do seu mandato e demonstrou uma parcialidade flagrante em favor das partes conhecidas por estarem conspirando contra a Síria e seu povo”, indicou o Ministério das Relações Exteriores da Síria em comunicado divulgado pela televisão estatal.

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Na quarta-feira, Brahimi afirmou que o plano de Assad é “ainda mais sectário e mais parcial” do que outras iniciativas anteriores apresentadas pelo governo. “É a repetição de iniciativas que claramente não funcionaram”, declarou, ao se manifestar pela primeira vez sobre a proposta. “Em 2012, a Síria ganhou um novo Parlamento, uma nova Constituição, um novo governo. E a situação não melhorou em nada. Na Síria, como em outras partes, os povos da região exigem uma mudança verdadeira, não uma mudança cosmética. O tempo das reformas generosamente aceitas (pelo poder) já terminou”, acrescentou com ironia o emissário da ONU e da Liga Árabe para a Síria. A guerra civil já deixou pelo menos 60.000 mortos no país, segundo a ONU.

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Inteligência – Os abusos cometidos pelas forças de Bashar Assad estão entre as razões pelas quais os sírios tomaram as ruas em março de 2011, quanto teve início a revolta que se tornou uma guerra civil. Só a menção da palavra “mukhabarat” – termo árabe para o serviço de segurança do estado – já provoca arrepios nos sírios. Agora, segundo uma reportagem da agência Reuters, alguns rebeldes que lutam contra Assad afirmam ter criado sua própria polícia secreta, a fim de proteger a oposição, monitorar instalações do Exército e reunir informações militares que ajudem nos planos dos rebeldes de atacar as forças do governo. “Somos independentes e apenas servimos a revolução”, afirma um rebelde, chamado Haji, que se diz membro do grupo. Segundo ele, muitos dos integrantes do “mukhabarat” são desertores do Exército de Assad ou ex-membros da inteligência síria.

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(Com agências France-Presse e Reuters)

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