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General russo diz que foi demitido por dizer a verdade sobre a Ucrânia

Ivan Popov, que comandava uma brigada em Zaporizhzhia, expôs problemas no campo de batalha ao Kremlin, como falta de equipamentos e muitas baixas

Por Da Redação
Atualizado em 13 jul 2023, 09h02 - Publicado em 13 jul 2023, 08h57
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  • O general Ivan Popov, da Rússia, disse na noite de quarta-feira 12 que foi demitido do cargo de comandante porque contou “a verdade” sobre os problemas na linha de frente da Ucrânia ao Kremlin. O episódio adiciona mais uma pressão ao exército russo após o motim fracassado do grupo mercenário Wagner contra as forças regulares.

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    Popov estava à frente do 58º Exército de Armas Combinadas, que luta na linha de frente perto de Zaporizhzhia. Em uma mensagem de voz publicada por Andrey Gurulyov, um coronel-general russo aposentado e deputado da Duma, ele disse que foi demitido depois de expor problemas à liderança militar russa, como falta de equipamentos, bem como mortes e ferimentos devido a ataques ucranianos.

    Não ficou claro quando Popov gravou a mensagem ou quem eram seus destinatários.

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    Sem nomeá-los, o general pareceu criticar o chefe do exército, Valery Gerasimov, e o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, os dois militares mais poderosos da Rússia, acusando-os de “esfaquear o país pelas costas”.

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    “Como muitos comandantes de regimentos e divisões disseram hoje, nosso exército não foi derrotado pela frente, mas nosso comandante mais antigo nos atingiu pelas costas, decapitando traiçoeiramente o exército no período mais difícil”, disse Popov.

    A crítica aberta à liderança militar por um alto comandante russo é rara e prejudica o senso de unidade que o Kremlin deseja projetar após a rebelião fracassada do chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin. Embora o líder mercenário insulte abertamente os militares mais graduados do país, os membros seniores do exército regular russo costumam se abster.

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    As declarações de Popov ocorrem em meio a crescente incerteza dentro das forças armadas russas. Na quarta-feira, um alto funcionário russo disse a repórteres que Sergei Surovikin, um general de alto escalão que não era visto em público desde o motim do grupo Wagner, não estava “disponível” porque estaria “descansando”.

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    Surovikin, conhecido por ter um relacionamento próximo com Prigozhin, estava sendo interrogado sobre seus vínculos com o senhor da guerra, de acordo com relatos da mídia internacional.

    A rebelião do grupo Wagner terminou com um acordo de anistia para Prigozhin e seus mercenários, além de permissão para se mudar para a Belarus. Mas o paradeiro atual de Prigozhin é desconhecido. Dados de rastreamento de voo de seu jato particular sugerem que ele transitou várias vezes entre Moscou e São Petersburgo, onde a mídia local relatou avistamentos dele.

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