Funerárias são o novo alvo da “guerra econômica” de Maduro
General venezuelano diz que empresas “especulam em momentos difíceis”
Por Da Redação
12 dez 2013, 17h40
Até os mortos foram envolvidos na chamada “guerra econômica” da Venezuela, como é chamada a série de ataques do governo de Nicolás Maduro contra setores acusados de “especulação financeira”. Nesta semana, o governo incluiu as funerárias entre os alvos das inspeções que têm como objetivo – segundo a propaganda oficial – conter o aumento de preços em meio à escalada da inflação no país. Grandes redes de varejo também têm sofrido constantes inspeções e algumas chegaram a ser forçadas a realizar saldões.
A estreia contra as funerárias teve como alvo uma empresa localizada na capital Caracas. A inspeção foi conduzida pessoalmente pelo general Herbert García Plaza, o chefe do Órgão Superior de Economia, criado em setembro. Citando os custos do funeral do seu pai no ano passado, García disse que as empresas “especulam com as necessidades dos entes queridos em momentos muito difíceis”.
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O general foi além e condenou até mesmo a natureza das empresas. “Eu acho que os donos das funerárias têm que entrar em um profundo processo de reflexão (…) sobre sua estrutura de custos e margens de lucro, porque este serviço é sensível e não pode se converter em um negócio com fins financeiros”, disse, avisando que o controle continuará a ser feito para evitar que “especulações com a dor alheia não ocorram no marco de um governo socialista”.
Ele citou o aluguel das salas das funerárias, dizendo que o preço mínimo é de 1.619 dólares (cerca de 3.700 reais). Ainda assim, não soube apontar qual seria um preço justo pelo serviço e, portanto, acabaram não multando a empresa no artigo de “usura”, que pune a suposta especulação.
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