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Fundador da falida empresa de criptomoeda FTX é preso nas Bahamas

Sam Barkman-Fried é acusado de fraudar investidores de capital que destinaram mais de US$ 2 bilhões à empresa

Por Da Redação
13 dez 2022, 11h07

O fundador da falida empresa de criptomoedas FTX, Sam Bankman-Fried, foi preso nas Bahamas nesta terça-feira, 13, e deve comparecer a um tribunal em Nassau, informou o procurador-geral do país.

De acordo com a polícia, Bankman-Fried, 30, foi preso por “crimes financeiros” contra a lei dos Estados Unidos e das Bahamas. No mês passado, a FTX entrou com um pedido de falência, o que deixou muitos clientes impossibilitados de sacar seus fundos. Segundo o processo judicial, a empresa devia a seus 50 maiores credores quase US$ 3,1 bilhões (R$ 16,3 bilhões). 

+ A crise de confiança que a queda da FTX pode causar às criptomoedas

Após ser preso, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos apresentou uma acusação de fraude de títulos civis contra o empresário, acusando-o de enganar grandes investidores que destinaram mais de US$ 2 bilhões (R$ 10,5 bilhões) à empresa. 

O processo aponta ainda que Bankman-Fried mentiu ao dizer que as negociações da FTX eram seguras e que o dinheiro dos clientes foi misturado com os fundos de sua outra empresa, a Alameda, para financiar empreendimentos externos, comprar imóveis e fazer doações políticas.

“Alegamos que Sam Bankman-Fried construiu um castelo de cartas com base no engano, enquanto dizia aos investidores que era um dos edifícios mais seguros do cripto”, disse o presidente da Comissão, Gary Gensler, em um comunicado.

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Ainda não está claro qual o valor total que os investidores irão receber, mas especialistas apontam que será apenas uma pequena fração do total. Em entrevista à rede BBC no início deste mês, Bankman-Fried reconheceu os erros cometidos na FTX, mas procurou se distanciar das acusações de atividades ilegais, além de negar as acusações de que estaria ciente de que a Alameda estava usando fundos da empresa.

A FTX permitia que seus clientes trocassem dinheiro normal por criptomoedas, que não são moedas no sentido tradicional, mas são armazenadas online e funcionam como uma espécie de veículos de investimento com um alto grau de volatilidade.

Por garantirem total anonimato, elas foram responsáveis por financiar atividades criminosas, como tráfico de drogas e ataques hackers, embora seus usuários defendam que há um enorme potencial para inovação e independência dos governos. 

Por conta do investimento nas criptomoedas, Bankman-Fried já foi comparado a uma versão mais jovem do empresário bilionário Warren Buffett, e até o final de outubro tinha uma fortuna avaliada em US$ 15 bilhões (R$ 80 bilhões). 

Antes do colapso, o empresário pregava um estilo de vida “fora dos padrões” em sua conta no Twitter, que envolvia participar de jogos online em meio a ligações importantes de trabalho e dormir ao lado de sua mesa do escritório para aumentar a produtividade.

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Ele ficou conhecido também na capital, Washington D.C., por doar grandes quantias a políticos, em sua maioria democratas, com a finalidade de prevenir novas pandemias globais e melhorar a regulamentação das criptomoedas. 

+ Criptoativos: o que restou depois da falência da FTX

Segundo o procurador-geral das Bahamas, ele será mantido sob custódia de acordo com a Lei de Extradição do país. 

A FTX foi fundada em 2019 e logo se tornou a segunda maior empresa de criptomoedas do mundo, negociando cerca de US$ 10 bilhões (R$ 51 bilhões) por dia. No entanto, em 11 de novembro a empresa fez um pedido de proteção contra falência depois que usuários retiraram US$ 6 bilhões (R$ 31 bilhões) da plataforma em três dias. Depois disso, Bankman-Fried renunciou ao cargo de diretor-executivo. 

O colapso da empresa ocorre durante um ano tumultuado para o mercado de criptomoedas. Tido como revolucionário e inovador, o Bitcoin, que é uma das maiores, perdeu 60% de seu valor, enquanto outras também sofreram queda livre. 

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