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Negócios, Mercados & Cia
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Criptoativos: o que restou depois da falência da FTX

As orientações de um especialista para quem quer aproveitar o mercado de criptoativos

Por Neuza Sanches Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 nov 2022, 09h00

A BLP Crypto, a mais antiga gestora brasileira no segmento de ativos digitais, conseguiu vender rapidamente os tokens nativos da FTX antes da falência da corretora de Sam Bankman-Fried e, assim, preservar os investimentos de seus clientes. No domingo, 06 de novembro, quando o CEO da Binance foi ao Twitter dizer que iria vender esses mesmos tokens, os gestores da BLP também correram para sacar dois terços que estavam sob custódia. Na verdade, ficaram desconfiados com a nova posição lá fora e, assim, não hesitaram em se desfazer dos tokens. Deu certo. Passadas três semanas do escândalo da FTX e a estremecida do mercado digital, Axel Blikstad, CEO, co-fundador e sócio da BLP Crypto, fala abertamente à coluna sobre os impactos dessa crise no Brasil, as perspectivas e cuidados a serem tomados daqui para frente. “Neste momento, é melhor investir nos criptoativos que se mostraram fortes e que aguentaram os trancos do mercado como no caso do ‘btc’ e ‘ethereum’, que estão sofrendo menos do que o restante que está disponível no mercado.”

O que muda no mercado mundial de criptoativos depois do caso da FTX?

Uma das maiores corretores desse ecossistema como a FTX falir por causa de fraude interna é muito ruim. Claramente isso foi um baque na indústria do setor como um todo. E isso vai demorar um tempo para o mercado se recuperar e ficar mais aliviado. Ou seja, é uma ferida que vai demorar um tempo para cicatrizar. Se esperava uma onda maior de adesão ao mercado de criptoativos e isso agora vamos precisar de mais paciência. Vai demorar um pouco mais.

E no Brasil? Como está o mercado de criptoativos no País depois desse escândalo da FTX?

Aqui acho que não muda muita coisa, porque o Brasil está indo bem na parte regulatória por exemplo. Tudo indica que teremos uma chance razoável de aprovação da regulação desse setor na Câmara dos Deputados, prevista para acontecer ainda este ano. E o Banco Central deverá realmente ser o regulador desse mercado. Por conta disso, acho que o case da FTX não impacta tanto o Brasil como lá fora.

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Quais são os cuidados mais importantes para se evitar entrar numa fria como o que aconteceu com os clientes da FTX?

Fato é que como se diz no mercado ‘quem não controla sua chave privada, não tem controle do próprio ativo’. Significa dizer que as pessoas deveriam em primeiro lugar fazer a própria custódia de seus ativos (ou investimentos) e não simplesmente deixar nas mãos alheias do mercado. Outro ponto importante é nunca investir mais do que você pode perder, porque é um ecossistema de muitos riscos, de muita volatilidade. Assim, o melhor é investir pouco e ir acompanhando. E quando for investir, buscar as melhores contrapartes. Ou seja, não comprar criptomoeda em qualquer lugar. É importante analisar a exchange – a corretora que se pretende investir no criptoativo. E depois, de comprar por exemplo alguma moeda, remover seus ativos da corretora.

As instituições pequenas  de criptoativos são confiáveis neste momento?

É muito importante também não ir na onda pequenos protocolos que caíram muito de valor, as ‘altcoins’ [as criptomoedas alternativas ao Bitcoin] por exemplo que podem dar muito certo; mas , também podem dar muito errado. Neste momento é melhor investir nos criptoativos que se mostraram fortes e que aguentaram os trancos do mercado como no caso do ‘btc’ e ‘ethereum’, que estão sofrendo menos do que o restante que está disponível no mercado. É o momento, enfim, de muita cautela. Não é porque os preços caíram muito que se vai investir pensando em recuperação rápida. Ou seja, no curto prazo é melhor ficar com os criptoativos mais conhecidos e mais fortes e sempre pensar como uma alocação de longo prazo.     

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