Funcionário do Senado francês é detido por espionar para a Coreia do Norte
Benoît Quennedey é presidente da Associação de Amizade Franco-Coreana; ele já havia escrito livros sobre a parte isolada da península
Um funcionário do Senado francês foi detido por Agências de Inteligência como suspeito de espionagem em favor da Coreia do Norte, segundo uma fonte do Ministério do Interior, citada no programa de televisão local Le Quotidien.
O francês Benoît Quennedey trabalhava como administrador da Direção de Arquitetura, Patrimônio e Jardins do Senado da França, e foi detido na noite de segunda, 26. Ele é também presidente da Associação de Amizade Franco-Coreana, e viajou para as Coreias representando o cargo, escrevendo livros e artigos sobre a nação isolada.
Depois de um inquérito que começou em março, os promotores suspeitaram da “coleta e entrega de informações para um poder estrangeiro, provavelmente para minar os interesses fundamentais da nação.”
Quennedey está preso fora de Paris, na sede da Direção Geral de Segurança Interior (DGSI), que se encarrega da investigação.
Sua casa e seu escritório em Paris, e a casa de seus pais, perto da cidade de Dijon, foram revistados ontem, segundo relatos. Ele está sendo interrogado para tentar esclarecer sua conexão com o regime de Pyongyang.
Pelo crime de realizar tarefas de “inteligência com uma potência estrangeira”, o funcionário pode ser condenado a até trinta anos de prisão, indicou o Le Quotidien, que não deu detalhes sobre as informações “ultrassensíveis” que ele poderia ter transmitido à Coreia do Norte.
Em declarações anteriores aos meios de comunicação franceses, Quennedey elogiou o regime de Pyongyang, que descreveu como “um modelo de desenvolvimento”.