França tem o quinto dia de protestos
Entre 825 mil e três milhões de manifestantes foram às ruas em protesto contra a reforma da previdência; autoridades negam risco de faltar combustível
Entre 825 mil pessoas, segundo o Ministério do Interior, e três milhões, na contagem dos sindicatos, participaram de manifestações neste sábado na França contra as mudanças no sistema de aposentadoria defendidas pelo presidente Nicolas Sarkozy. A reforma que o governo francês pretende realizar prevê o aumento de 60 para 62 anos da idade da aposentadoria proporcional e de 65 para 67 anos da integral.
Foi o quinto dia de protestos. Embora os cálculos do número de participantes sejam discrepantes, as cifras fornecidas são inferiores às registradas no dia da maior mobilização, realizada na última terça-feira. Naquele dia, os sindicatos conseguiram mobilizar 3,5 milhões de pessoas em todo o país.
Combustíveis – Ainda neste sábado, o governo da França negou que haja falta de combustível devido a greves. “Há estoques; o governo confirma que não há escassez de abastecimento”, afirmou a ministra das Finanças do país, Christine Lagarde, em entrevista a uma emissora de rádio de Paris.
Desde sexta-feira, os sindicatos mantêm bloqueadas dez das doze refinarias do país em protesto contra a reforma da previdência.
Horas antes do pronunciamento de Lagarde, o Ministério dos Transportes havia alertado que as reservas de combustível do aeroporto parisiense Roissy-Charles de Gaulle só durariam até terça-feira, caso as refinarias não fossem desbloqueadas. Em Orly, o outro grande aeroporto da capital, a expectativa era que as reservas durariam um pouco mais.
A falta de combustível forçou o fechamento de aproximadamente 100 postos de gasolina, mas a entidade patronal do setor afirmou que os problemas “são pontuais”, descartando problemas de abastecimento.
(com AFP e EFE)