A esquerda francesa conquistou neste domingo uma vitória histórica ao obter, pela primeira vez em mais de 50 anos, a maioria absoluta no Senado, sete meses antes da eleição presidencial.
Um dirigente socialista garantiu à AFP que seu partido obteve as 23 cadeiras suplementares de que precisava para conquistar a maioria absoluta na câmara alta do Parlamento.
Neste domingo, 170 das 348 cadeiras do Senado estavam em jogo, em eleições indiretas, por maioria ou de forma proporcional.
“Pela primeira vez, a esquerda domina” o Senado, festejou Jean-Pierre Bel, líder dos senadores socialistas, que deve suceder o atual presidente da casa, Gérard Larcher, do partido conservador UMP, do presidente Nicolas Sarkozy.
A porta-voz do governo conservador, Valérie Pécresse, reagiu ao anúncio do Partido Socialista afirmando que “sentia” por Gérard Larcher e pelos senadores governistas.
A mudança no Senado não representa um problema real para o governo Sarkozy, já que a Constituição francesa concentra os poderes legislativos na Assembleia Nacional, a câmara baixa do Parlamento.
Mas o presidente do Senado é o segundo homem do Estado francês, já que substitui o presidente da República em caso de vacância e acompanha o chefe de Estado em todos os atos institucionais.