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França: escândalo envolve Hollande e rival de Sarkozy

Livro afirma que François Fillon, do mesmo partido de Sarkozy, pediu ajuda ao governo socialista para acelerar processos contra o ex-presidente

Por Da Redação
11 nov 2014, 13h54
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  • A rivalidade entre o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy e François Fillon pelo controle do partido conservador UMP se tornou um escândalo político no fim de semana e passou também a envolver a Presidência da República, controlada pelos socialistas.

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    Segundo um livro elaborado por dois repórteres do jornal Le Monde, que teve trechos divulgados na semana passada, o conservador Fillon tentou costurar uma aliança com os socialistas para neutralizar Sarkozy, seu colega de legenda. A negociação ocorreu com o atual secretário-geral do Palácio Presidencial, Jean-Pierre Jouyet.

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    De acordo com essa versão, Fillon pediu a Jouyet para que a Presidência ajudasse a acelerar os processos que Sarkozy enfrenta na Justiça, com a intenção de prejudicar a imagem do ex-presidente. Fillon foi primeiro-ministro quando Sarkozy era presidente. A relação azedou quando os dois demonstraram interesse em disputar a Presidência pela UMP nas eleições de 2017.

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    No livro “Sarkô se matou”, os repórteres Gérard Davet e Fabrice Lhomme garantem que Fillon fez o pedido em uma reunião em 24 de junho — quando Sarkozy enfrentava novas acusações sobre o uso de caixa dois na sua campanha fracassada à reeleição em 2012. Segundo os jornalistas, Fillon pediu ao Executivo socialista para dar “um golpe rápido” no ex-presidente, que ensaiava sua volta à política.

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    François Fillon desmentiu formalmente a acusação e afirmou que vai processar os jornalistas do Le Monde. Só que Jouyet, que negou toda a história inicialmente, acabou admitindo no domingo que o encontro ocorreu, ajudando a amplificar ainda mais a história. Ele disse, no entanto, que o presidente François Hollande não concordou com a ideia.

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    O caso gerou mal estar entre socialistas e conservadores. Alguns políticos estão pedindo a demissão do secretário-geral da Presidência – espécie de chefe da Casa Civil francês. Jouyet também é amigo e braço-direito de Hollande. Caso seja confirmado que Jouyet esteve envolvido no escândalo e deixe o governo, o presidente deverá nomear seu terceiro secretário-geral do Eliseu em menos de três anos.

    Analistas apontam que o escândalo pode acabar favorecendo legendas mais radicais ao ajudar a propagar a percepção de que as legendas tradicionais “estão todas corrompidas”.

    Em seu editorial nesta segunda-feira, o jornal conservador francês Le Figaro afirmou que “Marine Le Pen deve estar agradecida”, referindo-se à presidente do partido de extrema-direita Frente Nacional, que nas últimas eleições europeias tornou-se a legenda mais votada.

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