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Nicolas Sarkozy anuncia retorno à política

Ex-presidente vai concorrer à liderança do seu partido, o conservador UMP. Mesmo acusado de corrupção, ele segue popular entre parte do eleitorado

Por Da Redação
19 set 2014, 16h40

O ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, quer seu cargo de volta. O homem que liderou os franceses entre 2007 e 2012 anunciou nesta sexta-feira no Facebook que vai disputar o comando de seu partido, o conservador União Por um Movimento Popular (UMP), nas eleições do próximo mês. A medida, muito antecipada, é vista como um primeiro passo na corrida pela Presidência em 2017. Na França, historicamente as eleições presidenciais são disputadas pelos líderes dos partidos. O atual presidente, François Hollande, por exemplo, era líder do Partido Socialista francês quando disputou e ganhou as eleições de 2012.

Sarkozy enfrenta uma série de problemas legais ligados a acusações de corrupção. Mas, apesar das denúncias, seu nome segue forte entre os eleitores franceses, apontam pesquisas de opinião. Seu mandato, entre 2007 e 2012, ficou marcado pelos fortes reflexos que a economia francesa sofreu após a crise financeira de 2008. Ele tentou, junto com a chanceler alemã, Angela Merkel, trazer estabilidade à zona do euro no auge da crise. Merkel se reelegeu na Alemanha, mas Sarkozy não teve o mesmo sucesso na França.

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Ele sempre foi tratado como uma figura controversa, e muitas vezes referiam-se a Sarkozy como o “presidente bling bling” (referência ao barulho de moedas tilintando) devido a seu estilo de vida de alto padrão. Quando deixou o Palácio do Eliseu em 2012, ele afirmou estar largando a vida de político e disse que iria encontrar uma maneira diferente de servir ao seu país. Agora, seu sucessor, o socialista Hollande, se tornou o presidente mais impopular da França moderna por causa de suas decisões econômicas. Sarkozy ressurgiria, então, como a oposição de centro-direita, embora seu próprio partido esteja dividido por brigas internas.

A coligação de Sarkozy, que ele comandou antes de se tornar presidente pela primeira vez, se tornou um ninho de divisões sem nenhuma liderança. Então, após pesquisas apontarem para algumas demonstrações de apoio ao ex-presidente, ele escreveu no Facebook: “Eu decidi propor uma nova escolha política aos franceses. Eu amo demais a França. Eu sou muito apaixonado pelo debate público e pelo futuro de meus compatriotas para vê-los condenados a escolherem entre o espetáculo desesperador de hoje e a perspectiva de um isolamento sem objetivo”, escreveu Sarkozy, em referência ao governo de Hollande e à disparada recente da candidata de extrema direita, Maine Le Pen.

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Até a tarde desta sexta-feira, mais de 60.000 pessoas haviam curtido a publicação do ex-presidente e mais de 15.000 compartilharam o texto. “Bem-vindo e bom retorno! Enfim temos uma esperança e uma renovação no horizonte”, comentou Margaux Belval, de 26 anos, moradora de Limoges. Já Massine Koui, uma habitante de Mauzé-Sur-Le-Mignon, criticou o retorno: “todas essas belas promessas, é formidável! Mas por que não foram feitas entre 2007 e 2012? É preciso deixar o cargo, sua vez já passou”.

Desde que o ex-presidente deixou o posto, ele tem seguido a turnê de shows da sua esposa, a ex-modelo e cantora Carla Bruni, e concedeu palestras em eventos internacionais. Ele também foi detido para ser interrogado e enfrentou acusações legais por tráfico de influência, se tornando o primeiro ex-chefe de Estado francês a ser mantido sob custódia pela Justiça.

(Com Estadão Conteúdo e France-Presse)

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