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Forças sírias matam quatro estudantes da Universidade de Aleppo

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3 Maio 2012, 16h43

As forças do regime sírio mataram nesta quinta-feira quatro estudantes e detiveram 200 na Universidade de Aleppo (norte), segunda maior cidade do país, apesar da presença dos observadores da ONU e do cessar-fogo instaurado há três semanas.

Esses incidentes, que provocaram manifestações de solidariedade em várias universidades do país, podem causar um aumento da violência em Aleppo, centro econômico do norte do país, onde a rebelião contra o regime ganha cada vez mais terreno.

Pelo menos quatro estudantes morreram e outros 200 foram detidos nesta quinta-feira de madrugada na cidade universitária de Aleppo (norte), havia informado antes o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

A Universidade de Aleppo anunciou em seu portal na internet a suspensão provisória de suas aulas.

“Queridos estudantes, tendo em vista as circunstâncias atuais, as aulas nas faculdades de Ciências Humanas serão suspensas até as provas; e as das faculdades de Ciências Aplicadas, até 13 de maio”, indicou o portal.

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O presidente do OSDH, Rami Abdel Rahman, considerou que se “Aleppo ainda não se rebelou contra o regime, a importância destes acontecimentos levará os seus habitantes a se solidarizarem com os estudantes”.

“Vários membros das forças de segurança penetraram na cidade universitária durante a noite depois de uma manifestação de estudantes exigindo a queda do regime e atiraram” nos estudantes, afirmou à AFP Mohammad al-Halabi, porta-voz dos militantes.

Vinte e oito estudantes ficaram feridos, entre eles três com gravidade, e outros 200 foram presos, indicou o OSDH.

Halabi indicou também que “as forças de segurança entraram durante a manhã nos dormitórios, expulsando os estudantes, levando seus pertences e incendiando alguns quartos”.

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Logo depois, foram realizadas manifestações de solidariedade aos estudantes de Aleppo em várias cidades do país, principalmente em Damasco, em Deraa, berço da revolta no sul, e em Deir Ezzor (leste), segundo militantes.

As tropas mataram também sete civis, ente eles uma criança e uma mulher, na província de Idleb (noroeste), segundo o OSDH. Um civil, um soldado e um desertor perderam a vida em Homs (centro).

Estes novos episódios de violência se somaram às detenções de militantes, entre eles dos dois filhos do eminente opositor Fayez Sara, e ao assassinato do filho de Ali Haidar, um léder alauíta, corrente religiosa à qual pertence o presidente Bashar al-Assad.

Apesar disso, segundo militantes, o filho de Haidar é um partidário da rebelião.

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O OSDH também manifestou a sua preocupação com a saúde do opositor Mahmud Issa, um ex-preso político líder do Partido do Trabalho (partido comunista, proibido na Síria), mantido na prisão há um mês.

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