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Forças de Israel invadem maior hospital ainda operante na Faixa de Gaza

Tel Aviv diz que terroristas mantêm reféns no centro médico Nasser, que fica na cidade de Khan Younis, e que prendeu 'vários suspeitos'

Por Da Redação
Atualizado em 15 fev 2024, 10h32 - Publicado em 15 fev 2024, 10h20

As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram nesta quinta-feira, 15, que militares especiais invadiram o Hospital Nasser, maior centro médico que ainda funciona na Faixa de Gaza, situado na cidade de Khan Younis. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo palestino radical Hamas. Médicos e enfermeiros afirmaram que franco-atiradores mataram diversas pessoas enquanto batiam em retirada.

Em comunicado, o porta-voz das FDI, Daniel Hagari, disse que os soldados conduziram “uma operação precisa e limitada dentro do hospital Nasser”, na qual “prenderam vários suspeitos”. Há semanas, o centro médico palestino tem sido alvo de investidas israelenses. Eles alegam, com base em “inteligência credível de várias fontes, incluindo de reféns libertados”, que o Hamas mantém parte dos sequestrados nas instalações do Nasser, bem como os corpos dos 31 reféns mortos no cativeiro.

Em depoimento à emissora americana CNN, o membro do Escritório Político do Hamas, Muhammad Nazzal, disse que o grupo “não tem nada a ver com o hospital”. Em contrapartida, uma antiga refém afirmou à emissora, em janeiro, que esteve detida em Nasser, informação que não foi confirmada. Acredita-se que o Hamas ainda mantenha 100 reféns, capturadas a partir de 7 de outubro.

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Versão dos médicos

Segundo funcionários de Nasser, centenas de palestinos foram obrigados a deixar o hospital, que também era utilizado como abrigo, nesta semana. Escavadeiras de Tel Aviv destruíram uma parede do perímetro do edifício, enquanto um veículo blindado entrava no local. Pelo menos oito civis, incluindo um adolescente de 16 anos, foram atingidos por tiros, supostamente dos militares israelenses, segundo a CNN. Drones também teriam sido utilizados no ataque.

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O porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf Al-Qidra, disse que os militares de Israel desenterraram valas comuns. Ele complementou que a ocupação havia invadido o complexo médico e o transformado “em um quartel militar”. O Ministério estima que 273 pacientes e 190 funcionários ainda estejam por lá. Segundo Al-Qidra, os geradores elétricos pararão dentro de 72 horas.

A escalada da violência agrava a situação de emergência humanitária em Khan Younis. Em janeiro, a ONG Médicos Sem Fronteiras alertou que a equipe deste grande hospital contava com “suprimentos insuficientes para lidar com vítimas em massa”. Ao final do último mês, os médicos definiram o estado de Nasser como “completamente catastrófico”, tendo sido “totalmente sitiado” pelas FDI.

Até o momento, mais de 28 mil palestinos foram mortos desde o início do conflito, há quatro meses, que começou depois do Hamas invadir Israel e deixar 1.200 mortos em um só dia, além de ter sequestrado outras 250 pessoas.

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