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Canadá, Austrália e Nova Zelândia pedem cessar-fogo imediato em Gaza

Apelo ocorre diante de invasão iminente a Rafah, cidade no sul do enclave que abriga cerca de 1,5 milhões de civis palestinos

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 17h17 - Publicado em 15 fev 2024, 08h55

Os líderes do Canadá, Austrália e Nova Zelândia emitiram uma declaração conjunta nesta quinta-feira, 15, pedindo um cessar-fogo humanitário imediato na Faixa de Gaza, em resposta a relatos sobre a planejada invasão de Israel a Rafah. A cidade no sul do enclave palestino abriga cerca de 1,5 milhões de civis, segundo estimativa das Nações Unidas, que fugiram de suas casas em outras regiões já invadidas pelas forças israelenses.

“Estamos seriamente preocupados com as indicações de que Israel está planejando uma ofensiva terrestre em Rafah. Uma operação militar em Rafah seria catastrófica”, afirmou o comunicado dos primeiros-ministros dos três países. “É urgentemente necessário um cessar-fogo humanitário imediato”, enfatizou o texto.

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Ataque a Rafah

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou na quarta-feira 14 que seus militares darão continuidade à ofensiva contra o grupo terrorista palestino Hamas em Rafah, o último refúgio dos civis que foram deslocados de outras regiões mais ao norte pelo conflito. De acordo com ele, seu governo permitiu que a população desocupasse a área nesta semana.

A declaração do Canadá, Austrália e Nova Zelândia, porém, concedeu que o cessar-fogo não poderia ser “unilateral” e exigiu que o Hamas se desarmasse e libertasse imediatamente todos os reféns israelenses ainda detidos em Gaza. Segundo Tel Aviv, ainda há 135 cativos no território palestino, cerca de 100 dos quais estão vivos.

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Proteção de civis

O texto emitido pelos líderes nesta quinta-feira também relembrou que a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ), em janeiro, a respeito de um caso que acusava Israel de genocídio determinou que Tel Aviv era obrigada a proteger os civis na Faixa de Gaza, bem como a prestar serviços básicos e assistência humanitária essencial.

“A proteção dos civis é fundamental e um requisito do direito humanitário internacional”, afirmou o comunicado. “Os civis palestinos não podem ser obrigados a pagar o preço da derrota do Hamas.”

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“Massacre”

Na quarta-feira, um alto funcionário das Nações Unidas, o chefe de assuntos humanitários, Martin Griffiths, alertou que um ataque terrestre de Israel contra Rafah poderia levar a um “massacre”. A região, que faz fronteira com o Egito, tornou-se uma espécie de refúgio para os palestinos que foram deslocados do resto do enclave devido à guerra.

Griffiths, numa fala contundente, disse que Gaza já estava sofrendo um “ataque sem paralelo em sua intensidade, brutalidade e alcance”, mas avaliou que as consequências de uma invasão de Rafah seriam ainda mais “catastróficas”.

Segundo ele, mais de um milhão de pessoas estão “amontoadas em Rafah, encarando a morte de frente”, e que nenhuma delas tem “qualquer lugar seguro para ir”. Referindo-se à assistência das Nações Unidas aos palestinos, a autoridade acrescentou que uma invasão israelense “deixaria a operação humanitária já frágil à beira da morte”.

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