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Forças americanas encerram sua missão em território do Iraque

As tropas dos Estados Unidos fecharam nesta quinta-feira seu quartel-general no Iraque e recolheram a bandeira àmericana hasteada no local há nove anos, marcando simbolicamente o fim de sua presença no país, que invadiram para derrubar Saddam Hussein e criar um “novo Oriente Médio”. “É um acontecimento histórico, já que há oito anos, oito meses […]

Por Por Mathieu Rabechault e Prashant Rao
15 dez 2011, 11h51
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  • As tropas dos Estados Unidos fecharam nesta quinta-feira seu quartel-general no Iraque e recolheram a bandeira àmericana hasteada no local há nove anos, marcando simbolicamente o fim de sua presença no país, que invadiram para derrubar Saddam Hussein e criar um “novo Oriente Médio”.

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    “É um acontecimento histórico, já que há oito anos, oito meses e 26 dias, como comandante-adjunto, dei a ordem para que as tropas da terceira divisão cruzassem a fronteira”, afirmou o general Lloyd Austin, que comanda as forças americanas neste país e que acaba de ser nomeado chefe do Estado-Maior adjunto.

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    O militar acabava de recolher solenemente a bandeira das forças americanas no Iraque (USF-I), a poucos dias da partida dos últimos soldados americanos.

    A cerimônia foi realizada no aeroporto, emblemático por ser o primeiro local ocupado pelo exército americano em sua marcha para Bagdá, em março de 2003.

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    A invasão do Iraque pelos Estados Unidos, sem a aprovação da ONU, deveria culminar na queda de Saddam Hussein, 24 anos após sua chegada ao poder.

    Embora os oradores, em particular o secretário de Defesa Leon Panetta, tenham homenageado a valentia dos soldados americanos, também expressaram a esperança de que as forças iraquianas, cerca de 900 mil homens, possam enfrentar os perigos que ainda ameaçam o país.

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    Esta cerimônia marca o fim de um episódio histórico, agitado e sangrento durante o qual os Estados Unidos acreditaram que, eliminando o ditador Saddam Hussein, ganhariam automaticamente a confiança dos iraquianos.

    Mas este roteiro fracassou rapidamente devido aos seus erros – em particular o desmantelamento do exército e dos serviços secretos ou a limpeza implacável dos ex-membros do Baath, o ex-partido no poder.

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    Desta maneira, deixaram o campo livre para uma revolta muito violenta e não conseguiram impedir uma sangrenta guerra sectária entre xiitas e sunitas.

    Os americanos reconstruíram a partir do zero o exército, a polícia e as instituições, ao mesmo tempo em que reativaram a frágil economia favorecendo o consumo graças às importações sem direitos alfandegários de automóveis e eletrodomésticos, apesar de serviços básicos como eletricidade e água potável continuarem sendo aleatórios.

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    É a partir de 2007 e, sobretudo, de 2008, que os Estados Unidos conseguiram mudar o curso da guerra que estavam perdendo e enviaram 170 mil soldados a campo para paralisar a ação dos insurgentes.

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    Também precisaram favorecer o retorno de chefes tribais sunitas revoltados com os abusos cometidos pelos combatentes da Al-Qaeda, inicialmente recebidos como protetores diante dos xiitas que se apropriavam do poder.

    O presidente americano, Barack Obama, saudou “um triunfo extraordinário, que levou nove anos”, e destacou “o duro trabalho e sacrifício” que foram necessários.

    “Conhecemos perfeitamente bem o preço elevado desta guerra. Mais de um milhão e meio de americanos serviram no Iraque. Mais de 30 mil deles foram feridos, e estes são apenas os feridos com ferimentos visíveis”, acrescentou, referindo-se às sequelas psicológicas que alguns veteranos de guerra sofrem.

    Os últimos soldados americanos, que viajam agora para o Kuwait, deixam o país nas mãos das forças de segurança iraquianas, reconhecidas como aptas para enfrentar as ameaças internas, mas por enquanto incapazes de garantir a segurança das fronteiras e de proteger o espaço aéreo e as águas territoriais do Iraque.

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