Nove dias após o início de um enorme vazamento de petróleo no Golfo do México, o governador da Flórida, Charlie Crist, decretou nesta sexta-feira estado de emergência na região. A medida é tomada diante da possibilidade de a mancha atingir a costa da Flórida no começo da próxima semana.
O estado de emergência vai vigorar nos condados de Escambia, Santa Rosa, Okaloosa, Walton, Bay e Gulf. Com o recurso, a Flórida poderá receber auxílio federal para lidar com a situação.
O vazamento começou pouco após a explosão, no dia 21 de abril, da plataforma Deepwater Horizon, da empreiteira Transocean e operada pela empresa British Petroleum (BP). O equivalente a 5.000 barris de óleo está sendo despejado todos os dias no mar.
A mancha chegou à costa da Louisiana, que também já declarou estado de emergência. O governo dos Estados Unidos estima que poderá levar até 90 dias para conter o vazamento.
Providências – Nesta sexta-feira, o presidente, Barack Obama, disse que enviou equipes ao Golfo para inspecionar todas as plataformas de petróleo em águas profundas. A idéia é verificar se há qualquer irregularidade.
Um dia antes, Obama havia ordenado o uso de “todos os recursos disponíveis” para acabar com o vazamento, que já é chamado de catástrofe nacional.
Mais de 1.000 pessoas em 76 embarcações estão envolvidas na operação. Parte da mancha de petróleo foi queimada na quinta-feira para reduzir o impacto ambiental, mas outra ação do tipo, prevista para esta sexta, foi adiada por causa das condições atmosféricas.
O derramamento de óleo ameaça animais selvagens que vivem na costa do Golfo e pode se tornar o maior da história dos Estados Unidos. Até então, o vazamento do navio Exxon Valdez no Alasca, em 1989, é considerado o pior já registrado no país.
(Com Agência Estado)