Filipinas: número de mortos em terremoto chega a 87
Tremor de 7.2 provocou o desabamento de igrejas históricas e a evacuação de hospitais
O terremoto que atingiu as Filipinas na noite desta segunda-feira causou a morte de 87 pessoas, de acordo com a contagem mais recente de vítimas divulgada pelas autoridades do país. A maioria das mortes foi registrada na ilha de Bohol, no centro das Filipinas, onde o tremor foi mais intenso. Outras dezesseis pessoas morreram nas ilhas de Cebu e Siquijor. Outras 167 pessoas ficaram feridas.
O fornecimento de energia foi interrompido, hospitais foram evacuados, prédios desabaram e igrejas históricas ruíram ou sofreram rachaduras durante o tremor. O arcebispo Leonardo Medroso, de Bohol, disse que duas pessoas morreram atingidas por destroços enquanto rezavam em uma igreja na cidade de Loon. A igreja é a maior de Bohol e foi inaugurada em 1753.
Imagens de TV mostraram que a torre da Basílica Minore de Santo Niño de Cebú, que também foi erguida nos anos 1700, desmoronou.
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O tremor alcançou 7.2 graus na escala richter, sendo considerado um terremoto grande, de acordo com a escala que vai até dez. Os dados são do Serviço Geológico dos EUA. Já o diretor do Instituto de Vulcanologia e Terremotos das Filipinas (Phivolcs), Renato Solidum, afirmou que a energia liberada pelo terremoto foi equivalente à da explosão de “32 bombas atômicas de Hiroshima”.
O diretor também afirmou que entre 8h12 locais (21h12 de Brasília de segunda-feira) até às 15h15 locais (4h15 de Brasília), ocorreram 241 réplicas, uma delas de 5,9 graus, mas o restante foi inferior aos 2 graus.
Solidum descartou qualquer risco de tsunami após o tremor. “O terremoto de hoje aconteceu no interior da Ilha de Bohol, se houvesse ondas gigantes, elas deveriam ocorrer até dez minutos depois do terremoto”, acrescentou Solidum.
As Filipinas ficam em cima do chamado círculo de fogo do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica que é sacudida por 7.000 tremores ao ano, a maioria pequenos ou moderados.
(Com agências Reuters, EFE e France-Presse)