As autoridades filipinas elevaram para 1.079 o número de pessoas desaparecidas nas inundações que atingiram o sul do país no último fim de semana, enquanto outras 1.080 morreram. O relatório do Centro Nacional de Prevenção de Desastres divulgado na quinta-feira dava conta de apenas 53 desaparecidos, mas o número cresceu assustadoramente em um dia.
Florentino Sison, porta-voz do Escritório de Defesa Civil, explicou que os funcionários deslocados a Cagayan de Oro e Iligan, as duas cidades mais afetadas, puderam atualizar os dados nas últimas horas graças a parentes das pessoas desaparecidas. As equipes de resgate trabalham há dias para recuperar dezenas de corpos que foram arrastados até o mar no litoral de Bohol, a mais de 100 quilômetros da região do desastre.
Temor por epidemias – Pelo menos 674.472 pessoas foram afetadas pelas enchentes, das quais 48.980 estão há quase uma semana em 45 abrigos na ilha de Mindanao. O número de feridos chegou nesta sexta-feira a 1.979, a maioria por pancadas e cortes sofridos durante a enchente, que podem provocar infecções de tétano. As autoridades filipinas temem ainda a aparição de epidemias como disenteria, leptospirose e cólera devido às más condições de higiene e à falta de água corrente em Cagayan de Oro, a cidade mais prejudicada.
A tempestade tropical Washi atingiu o território filipino entre a madrugada de sexta-feira e a manhã de sábado e deixou um rastro de destruição em 13 províncias. Os danos provocados pela tempestade chegam a 1,033 bilhão de pesos (23,68 milhões de dólares), principalmente em estradas, pontes, hospitais e escolas.
O presidente filipino, Benigno Aquino, declarou na terça-feira estado de calamidade nacional e anunciou a criação de um fundo especial de US$ 26,6 milhões.
(Com agência EFE)