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Filipinas: candidato que faz piada com estupro e desdenha de direitos humanos é eleito presidente

Vitória não foi anunciada oficialmente, mas adversários já reconheceram derrota

Por Da Redação
10 Maio 2016, 18h13
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  • O prefeito falastrão da cidade de Davao, Rodrigo Duterte, do Partido Democrático Filipino – Poder do Povo (PDP – Lakan), caminha para se tornar o novo presidente das Filipinas. A vitória nas eleições de segunda-feira ainda não foi confirmada, mas uma contagem extra-oficial de votos mostrou que ele tem uma enorme dianteira sobre seus dois concorrentes mais próximos, que já reconheceram a derrota. Não está claro quando a vitória de Duterte será anunciada oficialmente, mas o novo presidente deve assumir o cargo no dia 30 de junho.

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    Três décadas depois da revolução que expulsou do poder o ditador Ferdinand Marcos, os críticos do provável novo presidente advertiram para o risco de que sua eleição resulte em um novo período conturbado para as Filipinas. Em uma campanha repleta de provocações, o advogado e ex-procurador de 71 anos, que na juventude integrou uma organização comunista, prometeu exterminar milhares de criminosos.

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    “Se for eleito presidente, farei exatamente o que fiz como prefeito. Vocês, traficantes, assaltantes e canalhas, seria melhor que fossem embora, porque vou matá-los”, esbravejou em seu último comício. “Esqueçam as leis sobre os direitos humanos”, gritou Duterte. Os insultos também ganharam as primeiras páginas dos jornais, como no dia em que xingou o papa de “filho da p…” ou quando tentou fazer piada ao afirmar que gostaria de ter sido o primeiro no estupro coletivo de uma missionária australiana em 1989.

    Até a tarde local de terça-feira, a contagem revelava que Duterte tinha quase 39% das urnas. Com 92% dos votos apurados, ele tem 6 milhões a mais que o segundo colocado, Max Roxas, candidato do Partido Liberal e ex-ministro do interior, em um universo de 54 milhões de eleitores.

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    Duterte declarou que se considera o “primeiro presidente de esquerda” das Filipinas. Seu partido surgiu em oposição ao governo autoritário de Ferdinand Marcos. Desde que iniciou na política, o novo presidente reforça um discurso contra as elites e a corrupção no país.

    Entre os principais planos do candidato está uma reforma no sistema de governo do país que devolveria o poder da “Manila imperial” para as províncias. Sua intenção é propor uma revisão constitucional que trocaria a forma de governo unitária por um modelo parlamentarista e federalista.

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    Deputada transexual – A liberal Geraldine Roman, de 49 anos, foi a primeira transexual eleita para o Congresso das Filipinas. Ela expressou nesta terça-feira sua satisfação com o que chamou de vitória contra a “intolerância”, o “ódio” e a “discriminação”. Seu triunfo nas legislativas é motivo de esperança para o movimento de defesa dos diretos das lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT) em um país com 80% de católicos e onde divórcio, aborto e casamento gay são ilegais, e nenhum homossexual ocupa um cargo político importante. “A política da intolerância, do ódio e da discriminação não foi mais forte. Venceu a política do amor, da tolerância e do respeito”, declarou após ser eleita por sua província de Bataan, a noroeste de Manila.

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    (Com AFP e Reuters)

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