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Filho do presidente da Colômbia será julgado por lavagem de dinheiro

Nicolás Petro, primogênito do líder colombiano, Gustavo Petro, também enfrenta acusações de enriquecimento ilícito

Por Da Redação
Atualizado em 26 set 2023, 17h04 - Publicado em 26 set 2023, 17h03

A Procuradoria-Geral da Colômbia comunicou nesta terça-feira, 26, que Nicolás Petro, filho do presidente colombiano, Gustavo Petro, será julgado pelos crimes de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro, supostamente ocorridos durante a sua atuação como deputado na província de Atlântico. A decisão foi emitida após Nicolás ter interrompido a sua colaboração no caso.

A acusação formal foi apresentada nos Juizados Penais do Circuito Especializado de Barranquilla, capital de Atlântico. O primogênito do presidente é suspeito de comprar propriedades de US$ 394 mil (cerca de R$ 1,9 milhões) com dinheiro que não vinha de seu salário. Ele e sua ex-esposa, Day Vasquez, foram presos em julho deste ano.

Em março do ano passado, depois que Nicolás rompeu o relacionamento, afirmou que o então marido recebeu supostas grandes quantias, que teriam sido destinadas à campanha eleitoral de Petro. Pouco depois, mudou a versão e alegou que o dinheiro foi utilizado para sustentar a vida de luxo em Barranquilla.

O presidente, por sua vez, nega qualquer envolvimento nos problemas do filho e disse que espera que “esses acontecimentos forjem seu caráter e que [Nicolás] possa refletir sobre seus próprios erros”.

+ Filho do presidente da Colômbia é preso por lavagem de dinheiro

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A acusação aponta que Nicolás teria recebido verba de suspeitos traficantes de drogas como porta de entrada nos planos de paz do presidente com o grupo paramilitar Farc, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Entre os criminosos está Samuel Santander Lopesierra, extraditado para os Estados Unidos após ficar detido em território colombiano entre 2003 e 2021.

Nicolás chegou a ser preso, mas recebeu liberdade condicional por colaborar com a Justiça no caso. Como parte do processo, ele confessou o suposto financiamento ilegal da campanha que levou Petro à Presidência, e também afirmou ter recebido dinheiro de um filho de Alfonso “El Turco” Hilsaca, negociante acusado no passado de financiar grupos paramilitares e planejar homicídios.

Em agosto, o suspeito voltou atrás e se declarou inocente, interrompendo sua colaboração.

O imbróglio abalou o primeiro governo de esquerda Colômbia. O presidente estabeleceu distância do filho e afirmou que nunca seria cúmplice de crimes, mas tentou visitá-lo em agosto no bunker do MP, quando estava detido – Nicolás recusou o encontro. Semanas depois, no entanto, os dois se encontraram na casa de Nicolás em Barranquilla, onde, segundo ele, conversaram apenas sobre a família e assuntos pessoais.

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