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Filho de Kadafi fala em ‘rebelião iminente’ contra governo

Em entrevista na TV, Saadi Kadafi criticou Conselho Nacional de Transição líbio

Por Da Redação
10 fev 2012, 21h08

Terceiro filho do antigo ditador líbio Muamar Kadafi, morto ano passado, Saadi Kadafi afirmou nesta sexta-feira em uma entrevista a um canal de TV que a Líbia está perto de uma “rebelião iminente”, sugerindo uma reviravolta após a queda do pai e a formação de um governo provisório pelo Conselho Nacional de Transição (CNT). Ele disse ainda manter contatos regulares com pessoas descontentes com as autoridades que tomaram o poder no país.

Entenda o caso

  1. • A revolta teve início no dia 15 de fevereiro, quando 2.000 pessoas organizaram um protesto em Bengasi, cidade que viria a se tornar reduto da oposição.
  2. • No dia 27 de março, a Otan passa a controlar as operações no país, servindo de apoio às tropas insurgentes no confronto com as forças de segurança do ditador, que está no poder há 42 anos.
  3. • Após conquistar outras cidades estratégicas, de leste a oeste do país, os rebeldes conseguem tomar Trípoli, em 21 de agosto, e, dois dias depois, festejam a invasão ao quartel-general de Kadafi.
  4. • A caçada pelo coronel terminou em 20 de outubro, quando ele foi morto por rebeldes em sua cidade-natal, Sirte. Um mês depois, seu filho e herdeiro político Saif al Islam foi capturado durante tentativa de fuga.

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“Antes de mais nada, não vai ser uma rebelião limitada a algumas áreas. Ela vai cobrir todas as regiões da Jamahiriya (nome do regime líbio na época de Kadafi), e essa rebelião existe, estou acompanhando e testemunhando-a ao crescer a cada dia. Haverá uma grande rebelião no sul, no leste, no centro e no oeste. Todas as regiões da Líbia vão testemunhar essa nova rebelião popular”.

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Falando por telefone ao canal Al Arabiya, Saadi Kadafi, de 38 anos, disse que também deseja voltar à Líbia. Ele está refugiado no Níger desde agosto, após as forças de oposição ao antigo regime terem tomado a capital Trípoli.

“Temos de exercer pressão para mudar essa situação e remover esse mal que existe na Líbia. Não conhecemos coisas como eleições. Somos uma nação muçulmana”, declarou Saadi, que ainda exortou a população a se voltar contra as forças paramilitares do governo provisório: “O povo líbio deveria se resolver contra essas milícias e contra essa situação em deterioração. O CNT não é um órgão legítimo e não controla as milícias”.

O governo provisório líbio promete realizar eleições no próximo mês de junho, mas ainda tem dificuldades para restaurar os serviços públicos e conciliar facções armadas. Com isso, a situação na Líbia ainda é bastante instável quase um ano depois do início da revolta que tirou Kadafi do poder, onde o tirano estava havia 42 anos.

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