Filho de Biden comparece a tribunal por acusações de porte ilegal de arma
A expectativa é de que Hunter Biden se declare inocente e enfrente julgamento criminal enquanto seu pai faz campanha pela reeleição à Presidência dos EUA
Hunter Biden, filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, compareceu nesta terça-feira, 3, ao tribunal de Wilmington, Delaware, sua cidade natal e do chefe da Casa Branca, para enfrentar acusações federais sobre porte ilegal de arma de fogo. Espera-se que ele se declare inocente das acusações.
Os promotores alegam que Hunter, um ex-usuário de drogas, mentiu sobre sua sobriedade nos formulários de inscrição quando comprou uma arma, em 2018. O filho do presidente americano já reconheceu que consumia crack na época, mas nega ter infringido a lei, que proíbe o porte de armas por pessoas consideradas viciadas.
Caso condenado, ele pode pegar até 25 anos de prisão por três acusações federais. Duas delas, cada uma punível com até 10 anos, decorrem das alegações de que o filho de Biden mentiu sobre o uso de drogas nos formulários. Uma terceira, relacionada ao porte de arma de fogo enquanto ainda consumia crack, é punível com até cinco anos.
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Todas as acusações estão relacionadas à compra de um revólver em uma loja de armas de Delaware em outubro de 2018, que ele guardou por cerca de 11 dias. Hunter publicou sobre essa época em seu livro de memórias de 2021.
Mesmo assim, em um processo judicial em setembro, o advogado de Hunter, Abbe Lowell, disse que seu cliente se declararia inocente das acusações.
A arma relacionada ao caso foi encontrada por Hallie Biden, viúva do irmão de Hunter, Beau, em seu veículo. Ela jogou a arma em uma lata de lixo, supostamente porque temia que ele pudesse acabar usando o equipamento para se machucar. Posteriormente, a arma foi devolvida à loja.
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Em junho, os promotores e a equipe de defesa de Hunter fizeram um acordo jurídico, no qual ele concordou em admitir a posse ilegal de arma de fogo e em realizar tratamento e monitoramento de dependência química. Além disso, o filho do presidente também seria acusado de crimes de contravenção por sonegação de impostos entre 2017 e 2018.
Porém, o acordo que salvaria Hunter de acusações criminais e uma eventual prisão fracassou em julho. A juíza do caso, Maryellen Noreika, disse que não poderia “carimbar” o acordo. Ela também chamou a proposta de resolução da acusação de porte de arma de “incomum”.
Embora as acusações de sonegação fiscal tenham sido rejeitadas em agosto, os promotores devem apresentar novas provas. Biden abriu um processo contra a Receita Federal, alegando que dois de seus agentes “tentaram atingi-lo e envergonhá-lo” ao compartilhar informações fiscais privadas. O caso pode significar que Hunter vai enfrentar um julgamento criminal enquanto o pai faz campanha pela reeleição como presidente.
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