Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Facebook foi usado para tráfico de pessoas e perseguição étnica

Informações foram vazadas por uma ex-funcionária e divulgadas por consórcio internacional de imprensa

Por Da Redação Atualizado em 25 out 2021, 20h01 - Publicado em 25 out 2021, 19h23

O Facebook é uma ferramenta amplamente utilizada para práticas criminosas, que incluem perseguição étnica, tráfico humano e propagação de discurso de ódio. É o que afirma um relatório vazado por Frances Haugen, ex-funcionária da empresa chefiada por Mark Zuckerberg. Os arquivos foram divulgado por um consórcio de 17 veículos de imprensa ao longo do fim de semana. 

Os documentos foram recolhidos por Frances enquanto ela trabalhava na equipe dedicada à integridade cívica do grupo. Abalada pelo que viu, a ex-funcionária decidiu pedir demissão em maio, enviando os arquivos para empresas de comunicação e o Congresso dos Estados Unidos. O caso vem sendo chamado de Facebook Papers. 

A documentação aponta que o Facebook foi a plataforma usada para abusos como o tráfico de mulheres nos Emirados Árabes, pelos cartéis de drogas no México e para a limpeza étnica na Etiópia.

Um dos trechos mostra que no fim de 2020 mostra que somente 6% do conteúdo de ódio postado em árabe no Instagram, que pertence ao Facebook, foi filtrado. 

Outro levantamento interno mostra que menos de 1% do material classificado como discurso de ódio em um período de um mês no Afeganistão foi identificado pelas ferramentas de moderação automática.

Continua após a publicidade

O Oriente Médio, por sinal, ocupa boa parte do relatório. Segundo outro levantamento do Facebook, anúncios atacando mulheres e indivíduos LGBTQ dificilmente são tirados do ar nessa região.

O relatório mostra ainda que em 2020, apenas 13% das horas de trabalho da equipe de moderação de desinformação foram dedicadas a países fora dos Estados Unidos. O percentual de usuários fora do território americano, porém, corresponde a 90% dos usuários do Facebook.

O Facebook também não investiu em idiomas e dialetos falados fora dos EUA e da Europa tanto para suas ferramentas de inteligência artificial como também para equipes moderadoras de postagens.

Nesta segunda, Frances falou sobre as acusações em sabatina realizada no Parlamento do Reino Unido, em Londres. A ex-funcionária afirmou que a empresa tem consciência dos problemas. E sabe dos efeitos nocivos na sociedade, mas não age para resolvê-los porque teria sua expansão e os lucros afetados.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.