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Extremistas islâmicos profanam tumba de santo muçulmano no Mali

Membros da organização Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) profanaram a tumba de um santo muçulmano na cidade histórica de Timbuktu, informou neste sábado uma fonte oficial. “Membros da AQIM, apoiados pelo (grupo islâmico armado) Ansar Dine, destruíram a tumba do santo Sidi (Mahmoud Ben) Amar. Eles atearam fogo à tumba”, disse a fonte à AFP, […]

Por Issouf Sanogo
5 Maio 2012, 18h16
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  • Membros da organização Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) profanaram a tumba de um santo muçulmano na cidade histórica de Timbuktu, informou neste sábado uma fonte oficial.

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    “Membros da AQIM, apoiados pelo (grupo islâmico armado) Ansar Dine, destruíram a tumba do santo Sidi (Mahmoud Ben) Amar. Eles atearam fogo à tumba”, disse a fonte à AFP, sob a condição de ter sua identidade preservada, acrescentando que os vândalos prometeram destruir outros túmulos.

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    Timbuktu, declarado Patrimônio Mundial da Unesco e berço do aprendizado islâmico, está sob o controle da AQIM e do Ansar Dine desde que grupos se aproveitaram de um golpe realizado em 22 de março para tomar o controle do norte do Mali.

    “Eles prometeram destruir outras tumbas. Timbuktu está em choque. Agora, eles querem tomar e controlar outras tumbas e manuscritos”, informou a fonte.

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    Um jornalista local confirmou que a tumba foi destruída. “Isto é muito sério”, afirmou.

    O governo de transição do Mali expressou revolta com a profanação, denominando-a de “ato indescritível”, em um comunicado lido em rede de televisão nacional.

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    Além de suas mesquitas históricas, o sítio compreende 16 cemitérios e mausoléus, segundo o site da Unesco.

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    Estas tumbas são “elementos essenciais de um sistema religioso, uma vez que, segundo a crença popular, constituem uma trincheira que protege a cidade de todo infortúnio”, informou a agência cultural da ONU.

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    Às vezes chamada de cidade dos 333 santos, Timbuktu também abriga 100 mil manuscritos antigos, alguns datados do século XII, preservados em casas de família e bibliotecas privadas, sob os cuidados de estudiosos religiosos.

    Em seu auge, nos anos 1500, a cidade, um porto do rio Níger nos limites do Saara, 1.000 km ao norte de Bamako, foi uma interseção chave para comerciantes de sal vindos do norte e de ouro, procedentes do sul.

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    Também foi um renomado centro de estudos islâmicos, com manuscritos em árabe e fulani escritos por estudiosos do antigo império do Mali, cobrindo uma variedade de temas, como Islã, História, astronomia, música, botânica, genealogia e anatomia.

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