Explosões no Iraque causam 13 mortes e deixam 99 feridos
A maioria das bombas explodiu na cidade sagrada de Karbala, ao sul de Bagdá
Explosões em série no Iraque, neste domingo, causaram 13 mortes e deixaram 99 pessoas feridas. A cidade xiita de Karbala, a 110 quilômetros ao sul de Bagdá, foi onde mais houve mortes, com total de 10 óbitos. A informação é do chefe do departamento de Saúde da província, Alaa Hamudi. Uma bomba explodiu perto do escritório de entrega de passaportes e carteiras de identidade às 9h30 (3h30 em Brasília). Depois, quando chegavam os primeiros socorros, foram ouvidas mais três explosões. Vários prédios ficaram danificados.
O tenente-general Othman al Ghanimi, comandante das forças militares da província de Karbala, explicou que as quatro explosões ocorreram pelos seguintes motivos: bombas colocadas à margem de uma rua, carro-bomba e um terrorista suicida, que detonou os explosivos que levava junto ao corpo. Segundo Ghanimi, dez pessoas morreram e 86 ficaram feridas nos ataques em Kerbala.
O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al Maliki, e o presidente do Parlamento, Iyad al Usama al Nujaifi, condenaram os atentados. A missão de assistência da ONU no Iraque (Unami) também recriminou as ações em Karbala através de um comunicado.
As forças de segurança isolaram o setor e fecharam os acessos à cidade, onde fica o mausoléu de Hussein, terceiro imã xiita. Karbala é considerada uma das cidades xiitas mais sagradas. O ataque aciona o alerta dos EUA, pois é um momento em que os militares norte-americanos deixam o país. Segundo com os termos de um acordo de segurança assinado em 2008, os últimos 46.000 efetivos americanos que ainda estão no Iraque devem deixar o país até o fim deste ano, a menos que os dois países cheguem a um novo consenso.
Outras três pessoas morreram este domingo em outros ataques cometidos em pontos diferentes do Iraque. Em Ramadi, a 100 quilômetros a oeste de Bagdá, duas bombas colocadas à margem de uma rua mataram duas pessoas e feriram seis, informou um oficial de polícia e um membro de uma milícia anti-Al Qaeda. O ataque aparentemente tinha como alvo um líder tribal. No norte de Bagdá, o motorista de um alto funcionário do ministério de Direitos Humanos morreu atingido por disparos, informou uma fonte do ministério do Interior.
(AFP)
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