Pelo menos vinte pessoas morreram e outras setenta ficaram feridas em duas explosões ocorridas nesta quarta-feira 5, em um intervalo de apenas duas horas, no bairro xiita de Cabul, no Afeganistão.
A primeira explosão atingiu um clube esportivo, onde um grupo de atletas estava reunido. A segunda, em um local muito próximo, ocorreu quando os serviços de emergência e os jornalistas já tinham chegado à área.
“Nos dois ataques terroristas, morreram até agora vinte pessoas, todas elas civis, e outras setenta ficaram feridas. Os números podem mudar nas próximas horas”, disse em comunicado o vice-porta-voz do Ministério do Interior do Afeganistão, Nasrat Rahimi.
A segunda explosão seguiu uma tática habitual dos insurgentes para aumentar o número de vítimas em ataques. Os jihadistas esperam as equipes de emergência e os jornalistas chegarem ao local do primeiro atentado para atacar novamente.
“Com meu pesar, infelizmente vários jornalistas também foram mortos e feridos no ataque terrorista desta noite”, afirmou em comunicado Shah Hussain Murtazawi, porta-voz adjunto do presidente afegão, Ashraf Ghani.
Esse segundo atentado foi causado pela “detonação de um carro cheio de explosivos”, explicou o porta-voz da polícia de Cabul, Hashmat Stanekzai. Ele detalhou que o veículo “estava estacionado perto do local da primeira explosão”.
Dasht-e-Barchi, o bairro onde ocorreram as explosões, foi alvo de outro atentado contra uma escola em meados de agosto deste ano. Mais de cinquenta pessoas ficaram feridas e 34 estudantes morreram.
Essa não foi a primeira vez que os insurgentes atacaram um centro xiita. Já foram registrados atentados contra edifícios culturais e religiosos, especialmente da minoria étnica hazara.
Também no início de agosto aconteceu outra ação contra a comunidade xiita na província de Paktia, no leste do Afeganistão, onde trinta pessoas morreram e 81 ficaram feridas em um ataque suicida em uma mesquita dessa minoria. Os ataques contra essa comunidade costumam ser reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico, de origem sunita.
(Com EFE)