Exército do Líbano prende nove pessoas após confronto em Beirute
Tiroteio durante manifestação deixou seis mortos e dezenas de feridos. "Dissemos que nunca repetiríamos isso", diz presidente libanês
Nove pessoas foram presas depois de um tiroteio nesta quinta-feira, 14, em Beirute, de acordo com o exército libanês. Entre os detidos estava um sírio. O conflito deixou ao menos seis pessoas mortas e dezenas de feridas, e durou quase cinco horas.
O presidente do Líbano, Michel Aoun, afirmou que encontrariam os responsáveis pelo atentado e que eles iriam ser responsabilizados. Lembrou também da guerra civil no país, que durou 15 anos, entre 1975 a 1990.
“Isso nos levou de volta aos dias em que dissemos que nunca esqueceríamos e nunca repetiríamos”, disse Aoun em um discurso na televisão.
Os soldados tiveram que ir às ruas para conter a onda de violência que se instaurou após a confusão, que aconteceu durante a manifestação que pedia a remoção do juiz responsável pela investigação sobre a explosão no porto da capital, no ano passado.
O protesto foi organizado pelos movimentos Hezbollah e Amal. Centenas de manifestantes se reuniram no Palácio da Justiça de Beirute, pedindo a remoção do juiz Tarek Bitar, acusando-o de preconceito político. Os grupos acusam os Falanges Libanesas, partido cristão de direita, de serem responsáveis pelo ataque.
“O Líbano vive uma fase difícil. Somos como um paciente na frente da sala de emergência. Depois disso, temos várias etapas para concluir a recuperação”, falou o primeiro ministro do Líbano, Najib Mikati, à agência Reuters.
Ele também anunciou no Twitter que sexta-feira seria um dia de luto público pelos mortos na capital.