Exército da Nigéria diz ter matado 53 membros do Boko Haram
Enfrentamento entre militares e grupo terrorista aconteceu após ataque a edifícios da polícia
O exército da Nigéria disse ter matado 53 membros do grupo radical islâmico Boko Haram, que mantém mais de 200 menores detidas desde abril. A imprensa do país informou neste domingo que as mortes foram uma resposta a um ataque dos terroristas a soldados e policiais, que deixou seis militares mortos.
De acordo com o porta-voz dos militares, Chris Olukolade, membros do Boko Haram atacaram, nesta sexta-feira, bases militares e edifícios da polícia na cidade de Damboa, no Estado de Borno, enquanto a maioria de agentes estava fora realizando patrulhamento. A região é reduto político do grupo terrorista. “Os corpos dos soldados foram recuperados e entregues ao necrotério militar. Os feridos estão recebendo tratamento em uma instalação médica militar”, disse Olukolade.
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Em 14 de abril, a milícia Boko Haram sequestrou mais de 200 meninas da escola de Chibok, também no estado de Borno. Mesmo depois de forte pressão dos países ocidentais e da ajuda de aviões americanos e satélites europeus, a maioria das garotas raptadas continua em paradeiro desconhecido pelas autoridades.
Na língua hauçá, falada na Nigéria, Boko Haram significa “falsidade é pecado”. Quando o governo colonial inglês começou a replicar suas instituições no país, os emires e os integrantes da elite nigeriana reagiram rotulando tudo o que não estivesse ligado ao islamismo como fraude, vergonha, “boko”. O termo era aplicado a toda educação não corânica, como aulas de geografia e de química. O grupo extremista se apropriou do termo para pregar que a ‘educação ocidental é pecado’. Os extremistas lutam para impor um Estado islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.
(Com agência EFE)