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Exército australiano pede desculpas por iniciar incêndio em floresta

Pelo menos 125 000 hectares e dez casas foram destruídos na região de Blue Mountains. Um piloto morreu ao combater as chamas nos subúrbios de Sidney

Por Da Redação
25 out 2013, 06h10

O Exército australiano pediu desculpas nesta quinta-feira por ter iniciado o incêndio florestal na região turística de Blue Mountains, no estado de Nova Gales do Sul, ao leste do país. Segundo a rede CNN, os militares conduziam um treinamento de artilharia na área conhecida como State Mine quando os primeiros focos do incêndio tiveram início. Ao jornal The Guardian, o chefe da Aeronáutica da Austrália, Mark Binskin, disse que uma demolição com explosivos conduzida pelos soldados originou “pequenas chamas” no local. “Eu peço desculpas porque identificamos que o incêndio teve início com a explosão daquela mina de fogo.”

Os militares em treinamento tentaram combater o fogo, mas o tempo seco e outras bombas que não haviam sido detonadas “dificultaram” a ação no local, segundo Binskin. Após as labaredas se dissiparem, os soldados recuaram e esperaram as equipes de emergência. Binskin disse que os bombeiros chegaram ao local em trinta minutos, mas o combate às chamas teve início tardiamente. “Consideramos que era muito perigoso ir até os primeiros focos do incêndio, por isso esperamos a evacuação daquela área para iniciar o combate ao fogo.”

A hesitação dos militares contribuiu para as chamas se espalharem rapidamente pela região. De acordo com a rede CNN, o incêndio já consumiu 125 000 hectares da floresta e destruiu dez casas e construções desde o dia 16 de outubro. Os bombeiros identificaram pelo menos sessenta focos de incêndio, sendo que vinte deles estão completamente fora de controle. As equipes trabalham, agora, para impedir o fogo de alcançar os subúrbios localizados ao oeste de Sydney, a maior cidade do país. Alertas já foram emitidos para a população abandonar as suas casas o mais rápido possível.

Questionado se o Exército arcará com o prejuízo dos moradores, Binskin disse que ainda é muito cedo para se pronunciar sobre o assunto. “Vamos deixar a polícia investigar e determinar todos os fatos. Depois nós olharemos para um desfecho. Nós ainda não pensamos em todas as possibilidades”, afirmou. O militar também pediu calma à população e reforçou que o incêndio foi um acidente. “Ninguém começou o fogo deliberadamente. Foi um acidente que ocorreu durante uma atividade de treinamento. Estamos preocupados com o que o fogo já consumiu. Não estamos nos escondendo de nossas responsabilidades. Eu estou preocupado com todos.”

Morte – O incêndio provocado pelos militares fez a sua primeira vítima fatal nesta quinta-feira. Segundo a CNN, um piloto que combatia as chamas morreu após seu avião cair no meio da floresta. As equipes de resgate acharam o corpo do homem de 43 anos ao investigar a área do acidente. “Nós lamentamos que uma família estará sofrendo porque o seu pai não voltará para a casa”, disse a comissária dos bombeiros de Nova Gales do Sul, Shane Fitzsimmons. As autoridades informaram que a queda do avião provocou um novo foco de incêndio que ainda não foi controlado.

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