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Execuções e amputações voltarão a acontecer, diz líder do Talibã

Relatório de organizações humanitárias cita diversas violações aos direitos humanos e às liberdades individuais cometidas pelo grupo desde agosto

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 set 2021, 09h26

Um dos fundadores do Talibã afirmou que o grupo extremista voltará a realizar execuções e amputações como forma de punição. Em entrevista à agência de notícias Associated Press, o mulá Nooruddin Turabi disse que as ações são “necessárias para a segurança” no Afeganistão.

“Ninguém vai nos dizer quais devem ser nossas leis. Seguiremos o Islã e faremos nossas leis sobre o Corão”, disse. Turabi foi o chefe do departamento de Justiça e da polícia religiosa do Talibã durante o primeiro governo do grupo. Atualmente gerencia as prisões em todo o país.

Segundo o mulá, as execuções e amputações não ocorrerão mais em público como no primeiro regime do Talibã, que durou de 1996 a 2001. Durante o período as punições eram realizadas no estádio esportivo de Cabul, e às vezes na frente de multidões.

O Talibã retomou o poder no Afeganistão em agosto, após os Estados Unidos retirarem suas tropas do país. Inicialmente, o grupo procurou se apresentar como uma entidade mais moderada e prometeu que não haveria vingança contra aqueles que ajudaram os EUA e que estabeleceria um governo inclusivo, com respeito aos direitos das mulheres.

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Mas as promessas já vêm se provando infundadas. Nesta quinta-feira 23, três ONGs publicaram um amplo relatório que lista uma série de abusos contra os civis desde meados de agosto. O documento cita a intimidação e a repressão das afegãs e dos defensores dos direitos humanos, represálias contra funcionários do antigo governo e ataques à liberdade de expressão.

O Talibã também cortou o acesso das mulheres ao trabalho. As autoridades aconselharam as afegãs a ficarem em casa para sua própria segurança, até que a interpretação da lei islâmica possa ser definida.

“Os talibãs tentaram persuadir o mundo que eles iriam respeitar os direitos humanos, mas as informações que recebemos de lá mostram uma outra realidade”, diz o relatório das organizações Anistia Internacional, FIDH (Federação Internacional pelos Direitos Humanos) e OMCT (Organização Mundial Contra a Tortura).

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