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Ex-presidente de El Salvador pega 10 anos de prisão por corrupção

Elías Antonio Saca governou o país de 2004 a 2009; desviou 300 milhões de dólares de fundos públicos

Por Da Redação
12 set 2018, 21h53

O ex-presidente de El Salvador Elías Antonio Saca foi condenado nesta quarta-feira (12) a 10 anos de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e desvio de mais de 300 milhões de dólares provenientes de fundos públicos. Ele também foi obrigado a devolver 260 milhões de dólares ao Estado.

Saca, de 53 anos, tornou-se o primeiro ex-chefe de Estado do país a condenado desde o fim da guerra civil, em 1992. Empresário do setor de rádio que governou El Salvador entre 2004 e 2009, ele foi preso em outubro de 2016, durante o casamento de um de seus filhos.

“O Tribunal Segundo de Sentença de San Salvador condena o senhor Elías Antonio Saca a 5 anos de prisão pelo crime de peculato e 5 anos pelo crime de lavagem de dinheiro”, declarou o juiz Alejandro Guevara.

Conhecido como “Tony” Saca, o ex-presidente declarou-se culpado em agosto diante do tribunal, depois de ter aceitado uma polêmica sentença abreviada e uma redução de pena, de 30 anos para 10 anos, oferecida pela com a Procuradoria-Geral.

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A legislação salvadorenha determina que os juízes não podem impor uma condenação maior à pactuada entre acusados e promotoria em um “julgamento curto”.

“Não vínhamos para uma surpresa. Logicamente, já sabíamos que haveria uma condenação”, disse à imprensa o advogado de Saca, Mario Machado.

O advogado esclareceu que, ao aceitar pactuar a confissão com a Promotoria, Saca e seus cúmplices abriram mão da possibilidade de recorrer contra a decisão judicial.

Durante o julgamento, foi comprovado que o  ex-presidente se apropriou de fundos públicos para benefício próprio e de terceiros. Foi responsável, entre outros, pelo desvio de mais de sete milhões de dólares para a Aliança Republicana Nacionalista, seu ex-partido.

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O tribunal também condenou outros seis ex-funcionários do governo de Saca por formação de uma “rede de corrupção”.  Elmer Charlaix, ex-secretário pessoal de Saca, foi sentenciado a 10 anos de prisão, enquanto os ex-secretários de Juventude e de Comunicações, César Funes e Julio Rank, receberam cinco anos de prisão cada por lavagem de dinheiro.

O ex-gerente financeiro da Presidência Francisco Rodríguez Arteaga foi condenado a seis anos de prisão pelos dois crimes, enquanto o ex-chefe da Tesouraria do governo Jorge Alberto Herrera pegará 3 anos de prisão.

A pena mais elevada foi destinada ao ex-colaborador da Presidência Pablo Gomez, 16 anos de prisão, após não aderir ao julgamento “curto” e enfrentar o processo comum.

Os casos de corrupção que implicam ex-presidentes de El Salvador, inclusive Mauricio Funes (2009-2014) e Francisco Flores (1999-2004), somam mais de 666 milhões de dólares.

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(Com Reuters e EFE)

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