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Ex-presidente da Costa do Marfim chega a Haia para júri

Laurent Gbagbo chegou em avião fretado e está detido em cela da jurisdição

Por Da Redação
30 nov 2011, 06h04

O ex-presidente da Costa do Marfim Laurent Gbagbo – que foi transferido a Haia (Holanda) nesta quarta-feira a pedido do Tribunal Penal Internacional (TPI) – está detido em uma cela da jurisdição à espera de um julgamento, informaram fontes judiciais. O avião fretado pelas autoridades marfinenses para transportar o ex-presidente pousou durante a madrugada em Rotterdã (oeste de Holanda), e ele foi levado em seguida para a prisão.

Gbagbo, 66 anos, foi detido em 11 de abril em Abidjan e permanecia preso em Korhogo. Ele é acusado de crimes contra a humanidade, entre assassinatos, estupros, perseguições, atos desumanos e outras formas de violência sexual, indicou nesta quarta-feira o Tribunal Penal Internacional (TPI) em comunicado. Os delitos foram cometidos após o pleito de novembro de 2010, entre os dias 16 de dezembro do ano passado e 12 de abril de 2011, quando ocorreu uma onda de violência pós-eleitoral diante da recusa de Gbagbo em aceitar sua derrota. Após duas semanas de guerra, o país registrou 3.000 mortos. A ex-primeira-dama, Simone, está detida na Costa do Marfim por crimes econômicos cometidos durante a crise pós-eleitoral, entre dezembro de 2010 e abril de 2011. Outras várias autoridades do antigo regime, tanto civis como militares, também estão presas por diversos crimes. .

Ainda não foi anunciado quando Gbagbo deverá comparecer diante dos juízes, que devem definir uma ata em breve. A Terceira Sala do TPI especificou na nota que “há informações suficientes” que, após o pleito na Costa do Marfim, forças favoráveis a Gbagbo atacaram em Abidjan e no oeste do país partidários civis do vencedor das eleições, Alassane Ouattara. Conforme o TPI, Gbagbo e seu círculo mais próximo “eram conscientes” da comissão dos crimes, recaindo sobre o ex-mandatário africano uma “responsabilidade penal de comando”, já que exercia controle sobre os delitos e “contribuiu de forma coordenada” para os mesmos.

Provas – O procurador do TPI, o argentino Luis Moreno Ocampo, advertiu que Gbagbo foi o primeiro a vir a Haia para responder os crimes. “Há exatamente um ano, as eleições presidenciais conduziram a um dos piores episódios de violência que se tem conhecimento na Costa do Marfim, com uma população sofrendo imensamente e crimes cometidos pelos dois grupos”, disse, por meio de comunicado. Ele explicou ainda que a Procuradoria tem provas de que a violência “não ocorreu por acaso”, mas os ataques contra civis se sucederam “de forma massiva e sistemática, resultado de uma política deliberada”. Ocampo acrescentou que as investigações continuam “de forma imparcial”, e precisou que possíveis futuros casos no TPI “serão independentes de qualquer afiliação política”.

(Com agências EFE e France-Presse)

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