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Ex-premier Yulia Timoshenko condenada a sete anos de prisão

Por Por Ania Tsukanova
11 out 2011, 14h38

A opositora ucraniana Yulia Timoshenko foi condenada nesta terça-feira a sete anos de prisão por abuso de poder, decisão denunciada por ela, pelos EUA, pela UE e pela Rússia, enquanto o presidente Viktor Yanukovitch sugeriu que uma sentença mais branda poderia ser pronunciada na apelação.

Os partidários de Timoshenko anunciaram seu plano de questionar esta decisão em apelação e perante a justiça europeia, ao mesmo tempo em que convocaram a luta contra o autoritarismo na Ucrânia.

“O tribunal decidiu declarar Yulia Timoshenko culpada (…) e condená-la a sete anos de prisão’, declarou o juiz Rodion Kireev, seguindo a recomendação da promotoria, acrescentando à pena a proibição de exercer funções oficiais durante três anos.

Também ordenou que a opositora pague 200 milhões de dólares à empresa pública de hidrocarbonetos Naftogaz para reembolsar as perdas ocasionadas pela empresa de contratos com a Rússia em 2009, quando era primeira-ministra.

Detida provisoriamente desde agosto, a opositora era julgada por assinar estes acordos sem autorização do governo que liderava na época.

A União Europeia, com a qual a Ucrânia tenta negociar um acordo de associação, criticou fortemente a condenação, assim como a Rússia, que negocia com Kiev a obtenção de uma bonificação gasífera, e os Estados Unidos.

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O primeiro-ministro russo Vladimir Putin declarou nesta terça-feira, durante uma visita a Pequim, que “não entende” porque a ex-primeira-ministra foi condenada.

“Verdadeiramente, não entendo muito bem porque foi condenada a sete anos”, disse Putin, de acordo com a agência de notícias Interfax.

O governo dos Estados Unidos, por sua vez, denunciou que a sentença de Timoshenko teve motivação política.

“Estamos profundamente decepcionados” pelo veredicto que “levanta sérias preocupações sobre o compromisso do governo da Ucrânia com a democracia e com o império da lei”, disse Victoria Nuland, porta-voz do Departamento de Estado.

Já a UE está “profundamente decepcionada” com este processo “que não respeitou as normas internacionais” e a Ucrânia vai se expor a graves consequências se Timoshenko não tiver um processo justo na apelação, declarou a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.

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O ministério russo das Relações Exteriores denunciou “o caráter claramente antirrusso de todo este caso”, ma medida em que o julgamento levanta questões sobre a legalidade dos contratos russo-ucranianos”.

“Tais acordos foram feitos conforme a legislação russa, ucraniana e internacional”, acrescentou o ministério.

A Ucrânia tenta há meses obter uma revisão dos contratos, entre eles o que pôs fim ao conflito gasífero entre Ucrânia e Rússia, que atrapalhou o fornecimento de gás russo da União Europeia. A Rússia nega-se a baixar o preço de seu gás sem uma compensação.

O presidente ucraniano, que desmente estar por trás dos problemas judiciais da mais conhecida de seus opositores, afirmou que entende as inquietações europeias.

“Sem nenhuma dúvida é um caso lamentável que impede a integração europeia da Ucrânia. Provoca inquietações da UE e entendemos a razão”, acrescentou.

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“Mas esta decisão não é definitiva”, já que o caso Timoshenko passará para o Tribunal de Apelações, acrescentou Yanukovitch, e “a decisão que (este Tribunal) tomará e a legislação na qual se apoiará serão muito importantes”, acrescentou.

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