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Ex-ditador Baby Doc é detido no Haiti para interrogatório

Ele pode ser processado por roubo ao Tesouro em período que comandou país

Por Da Redação
18 jan 2011, 15h31

“Ele será interrogado e permanecerá sob a disposição do sistema judiciário”

Funcionário sênior do governo do Haiti

Autoridades do Haiti detiveram nesta terça-feira o ex-ditador Jean-Claude Duvalier, conhecido como “Baby Doc”, para um interrogatório que pode determinar se ele será processado por roubo ao Tesouro durante o período em que comandou o país. “Ele será interrogado e permanecerá sob a disposição do sistema judiciário”, disse um funcionário, que pediu para não ser identificado.

Um juiz haitiano e um grupo de policiais entraram no hotel de Porto Príncipe onde Duvalier, de 59 anos, estava hospedado desde sua volta surpresa ao país no último domingo, depois de 25 anos de exílio na França. Ele fugiu do Haiti em 1986, após um levante popular. Um veículo para transporte de presos permanecia na porta do hotel, que foi cercado pela polícia. Mais tarde, Baby Doc foi retirado por uma porta traseira do estabelecimento e foi escoltado pelos agentes.

Questionada sobre se seu companheiro havia sido preso, Veronique Roy apenas sorriu e nada disse. Mais cedo, a polícia havia tentado deter o ex-ditador no mesmo hotel, mas foi impedida por seus amigos e partidários, que tentaram ganhar tempo enquanto chamavam advogados.

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Grupos de direitos humanos e críticos exigem que o governo haitiano prenda e julgue Duvalier pelas mortes e tortura de milhares de opositores durante os 15 anos em que comandou a violenta ditadura, iniciada em 1971.

A oposição acusou na última segunda-feira o governo de cumplicidade com a chegada de Baby Doc. Segundo eles, a estadia do ex-presidente no país pode complicar ainda mais a situação política da ilha. Um vácuo político entrava a reconstrução do país, um ano após o violento terremoto, que matou 230.000 pessoas e destruiu a infraestrutura do Haiti. O processo eleitoral para escolher o próximo presidente foi paralisado desde que opositores questionaram o resultado do primeiro turno das eleições, em novembro de 2010. A situação foi agravada por um surto de cólera que já matou quase 4.000 pessoas no território.

(Com Agências Reuters e Estado)

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