Evo Morales expulsa agência americana por ‘interferência’
Presidente também aproveitou 1º de maio para aumentar seu próprio salário
O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou nesta quarta-feira a expulsão da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), por “interferência em assuntos internos”. Morales acusou o órgão de “continuar conspirando” contra seu governo como fez antes, segundo ele, a Embaixada dos EUA em La Paz.
“Não faltam algumas instituições da Embaixada dos EUA para continuar conspirando neste processo contra as pessoas e especialmente o governo nacional e, por isso, aproveitando o 1º de maio, quero informar-lhes que decido expulsar a Usaid da Bolívia, a Usaid da Bolívia vai embora”, disse Morales em um ato em La Paz.
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“Nunca mais USAID, que segue manipulando, usando nossos dirigentes, que segue usando a nossos companheiros com esmolas”, disse Morales, antes de prometer que o governo cobrirá os programas que a agência financia, segundo ele, “com fins políticos, e não sociais”. A USAID destina recursos para as áreas de saúde e educação na Bolívia, além de programas de formação política.
Morales também aproveitou a data para anunciar o aumento de seu próprio salário e o dos funcionários públicos. O ganho mensal do presidente subiu agora para o equivalente a 15 salários mínimos da Bolívia, enquanto o salário dos trabalhadores do setor público teve um aumento de 7% a 13%.
O presidente boliviano afirmou que, “pressionado por vários setores”, viu-se na “obrigação” de aumentar o salário presidencial a 18.000 pesos bolivianos (cerca de 5.000 reais). Ele disse que tomou a decisão para permitir que outros setores possam ganhar melhores salários.
(Com agência EFE)