Los Cabos (México), 19 jun (EFE).- Os líderes europeus estão trabalhando em uma resposta à crise econômica ‘mais contundente’ que o previsto inicialmente, que esperam divulgar na cúpula que realizarão em Bruxelas no final de junho, declarou nesta terça-feira um alto funcionário do governo americano.
‘O marco que estão construindo, como nos descreveram, equivale a uma resposta mais contundente da que tinham contemplado até o momento’, explicou aos jornalistas em Los Cabos (México) o alto funcionário, sob condição de anonimato.
O presidente americano, Barack Obama, que está pressionando para conseguir um grande acordo em favor do crescimento no G20, se reuniu nesta terça-feira à margem da cúpula com os líderes europeus para abordar a crise na zona do euro e conhecer quais são os próximos passos a serem tomados para enfrentá-la.
Segundo o alto funcionário, Obama ‘está muito envolvido’ na busca de soluções à crise europeia, principal ameaça atual para a economia global.
‘Ficamos motivados pelo que ouvimos dos líderes europeus hoje e pelo amplo enfoque que estamos vendo no mundo todo sobre a necessidade de fortalecer o crescimento econômico’, destacou o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner.
A reunião com Obama teve a participação do presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, da chanceler alemã, Angela Merkel, do presidente francês, François Hollande, e dos primeiros-ministros da Itália, Mario Monti, e do Reino Unido, David Cameron, além dos presidentes do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, e da Comissão Europeia – órgão executivo da União Europeia (UE), José Manuel Durão Barroso.
Segundo informaram nesta terça-feira fontes da UE, Obama se mostrou nesta segunda-feira compreensivo com a situação que atinge a zona do euro e respaldou as medidas adotadas até o momento, esperançoso de que deem resultados.
Os europeus estão focados em medidas ‘para que a Europa seja mais estável e para levar um pouco de calma aos mercados financeiros’, comentou o alto funcionário americano.
A Alemanha está desempenhando ‘um papel muito construtivo’ neste processo, é um país ‘central’ para solucionar os problemas da Europa, ‘mas para que isso funcione todos os Estados têm que tomar decisões difíceis’, acrescentou.
A estratégia, de acordo com os EUA, tem de focar ‘duas peças centrais’: o crescimento no curto prazo e algumas medidas de austeridade no longo prazo. EFE