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Europa entrou em ‘era pré-guerra’ e não está preparada, diz premiê polonês

Donald Tusk argumenta que, se Ucrânia perder guerra para a Rússia, nenhum país do continente poderá se sentir seguro

Por Da Redação
29 mar 2024, 14h23

O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, anunciou nesta sexta-feira, 29, que a Europa entrou em uma “era pré-guerra” e argumentou que se a Ucrânia for derrotada pela Rússia, nenhum país no continente poderá se sentir seguro. A declaração feita à imprensa ocorre após uma bilateral com seu homólogo ucraniano, Denys Shmyhal, em Varsóvia, dias depois de um míssil russo lançado contra Kiev adentrar por alguns momentos o espaço aéreo polonês.

“Não quero assustar ninguém, mas a guerra já não é um conceito do passado”, disse ele a repórteres. “É real, e começou há mais de dois anos.”

“Sei que parece devastador, especialmente para as pessoas da geração mais jovem, mas temos de nos habituar mentalmente à chegada de uma nova era. A era pré-guerra”, alertou.

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Apelos poloneses

Tusk, antigo líder do Conselho Europeu, lembrou que o presidente russo, Vladimir Putin, já culpou a Ucrânia sem qualquer prova por um ataque terrorista cometido pelo Estado Islâmico em Moscou, e “evidentemente sente a necessidade de justificar ataques cada vez mais violentos a alvos civis na Ucrânia”, citando um lançamento de mísseis hipersônicos em plena luz do dia no início desta semana.

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O premiê polonês fez um apelo direto aos líderes europeus para reforçarem suas defesas. Afirmando que seu país aumentou para 4% do PIB o seu orçamento para a área, ele defendeu que todos os membros da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) deveriam investir ao menos 2% do seu PIB no setor de defesa.

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Ele também pediu que a Europa aumente a ajuda militar para a Ucrânia, avisando que os próximos dois anos de guerra decidiriam tudo: “Vivemos o momento mais crítico desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Literalmente qualquer cenário é possível”, declarou Tusk.

Escalada na guerra

A declaração de Tusk ocorreu logo após uma nova salva de mísseis russos ser lançada contra a Ucrânia, seguindo um padrão de intensificação dos bombardeios nas últimas semanas. Nesta sexta-feira, a força aérea ucraniana disse ter abatido 58 drones e 26 mísseis lançados por Moscou.

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Shmyhal, o premiê da Ucrânia, comunicou que seis regiões no oeste, centro e leste do país tiveram infraestruturas energéticas danificadas. A Ukrenergo, empresa nacional de energia, anunciou apagões de emergência em três regiões – Dnipropetrovsk, Zaporizhzhia e Kirovograd – e instou a população a limitar o uso de eletricidade.

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O recém-nomeado comandante-chefe da Ucrânia, general Oleksandr Syrskiy, admitiu numa rara entrevista que a Rússia superava as forças ucranianas em “cerca de seis para um” na linha da frente.

“As forças de defesa estão agora desempenhando tarefas ao longo de toda a vasta linha da frente, com poucas ou nenhumas armas e munições”, alertou em entrevista à agência de notícias ucraniana Ukrinform, afirmando que a situação era “tensa” em algumas áreas.

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