EUA venderam US$ 66,3 bi em armas em 2011, um recorde
Valor é o triplo de 2010. Maiores clientes foram países aliados do Golfo Pérsico
Os Estados Unidos exportaram em 2011 mais armas do que nunca, com um total de 66,3 bilhões de dólares em vendas, revelou neste domingo o jornal The New York Times a partir de um relatório elaborado pelo Serviço de Pesquisa do Congresso americano, uma organização não-partidária ligada à Biblioteca do Congresso.
O valor é o triplo do total de 2010, quando foram exportados 21,4 bilhões de dólares. As exportações americanas representaram quase 78% do mercado mundial de armas, que movimentou 85,3 bilhões de dólares. O segundo maior vendedor é a Rússia, que aparece bem atrás dos EUA no valor movimentado: 4,8 bilhões de dólares.
As cargas americanas se destinaram sobretudo a aliados no Golfo Pérsico. Os maiores clientes foram Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Omã, que compraram sobretudo sistemas de mísseis avançados e aviões de última geração. Para justificar as compras, estes países argumentam que precisam se defender de um possível ataque do Irã.
Maior acordo – Em meio às vendas para a Arábia Saudita, que somaram 33,4 bilhões de dólares, está o maior acordo militar já assinado pelos EUA. O país vendeu à nação árabe 84 novos aviões de combate F-15, atualizou outras 70 aeronaves e forneceu 178 helicópteros, de três tipos: 70 Apaches, 72 Black Hawks e 36 Little Birds.
Os Emirados Árabes Unidos compraram 4,42 bilhões de dólares em armas, entre eles 3,49 bilhões em um escudo antimísseis avançado e 939 milhões em 16 helicópteros Chinook. Omã, por sua vez, comprou 18 aviões de combate F-16 por 1,4 bilhão, entre outras armas.
Além das transações no Oriente Médio, os EUA venderam 4,1 bilhões de dólares em aviões C-17 à Índia, e outros 2 bilhões em baterias antimísseis Patriot para Taiwan, em um acordo muito criticado pelo governo chinês.
(Com agência EFE)