EUA, UE e G7 pedem mudança de status comercial com Rússia
Na prática, a medida abre caminho para que os aliados ocidentais possam impor uma série de tarifas sobre produtos russos
Os Estados Unidos, a União Europeia e membros do G7 anunciaram nesta sexta-feira, 11, que irão pedir a revogação do status de “nação mais favorecida” para a Rússia, que consiste em benefícios e garantias comerciais.
De acordo com a Casa Branca, a medida representa mais uma “ação para continuar responsabilizando a Rússia por sua guerra não provocada e injustificada contra a Ucrânia”, sem dar mais detalhes.
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Retirar o país do status de nação favorecida abre caminho para que os aliados ocidentais possam impor uma série de tarifas sobre produtos russos, o que aumenta ainda mais a pressão econômica sobre a Rússia.
A nova sanção se junta a uma série de medidas coordenadas pelos governos do Ocidente, como controle de exportação e restrições bancárias, que têm como objetivo pressionar o presidente russo, Vladimir Putin, a encerrar o conflito na Ucrânia. Cada país irá implementar a mudança de status comercial de acordo com suas próprias legislações.
Nos Estados Unidos, por exemplo, para que um país deixe de ser uma ‘nação favorecido’ é preciso aprovação do Congresso. Os partidos democrata e republicano, porém, já sinalizaram que são a favor da ação.
De acordo com o presidente americano, Joe Biden, mais sanções serão aplicadas a oligarcas russos e alguns de seus familiares.
Segundo ele, “essas pessoas apoiam Putin e roubam do povo russo para esconder seu dinheiro em nossos países. Eles fazem parte da cleptocracia que existe em Moscou e devem compartilhar a dor dessas sanções”, completando que as importações de frutos do mar, vodca e diamantes serão proibidas.
“Enquanto estamos perseguindo seus iates luxuosos e suas casas de veraneio, que valem centenas de milhões de dólares, também vamos dificultar a compra de produtos de alta qualidade fabricados em nosso país, proibindo a exportação de produtos de luxo para a Rússia”, disse.
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Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), as chances dos russos entrarem em uma “profunda recessão” ainda este ano são altas. Em 2019, a Rússia e os Estados Unidos somaram mais de 28 bilhões de dólares em comércio, que tem como principais itens combustíveis minerais, metais preciosos e pedras, ferro e aço, fertilizantes e produtos químicos inorgânicos.
Na última terça-feira, Biden já havia proibido a importação imediata de petróleo e energia russa, ao mesmo tempo que alguns governadores ordenaram que lojas de bebidas administradas pelo governo parassem de vender bebidas alcoólicas produzidas em território russo.