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Putin dá aval ao envio de combatentes do Oriente Médio para Ucrânia

Segundo presidente, até 16.000 'voluntários' estão prontos para lutar com forças apoiadas por Moscou na região separatista de Donbas

Por Caio Saad Atualizado em 11 mar 2022, 08h50 - Publicado em 11 mar 2022, 08h42

O presidente russo, Vladimir Putin, deu aval nesta sexta-feira, 11, para que até 16.000 voluntários do Oriente Médio sejam enviados para lutar contra a Ucrânia na invasão iniciada em 24 de fevereiro.

“Se vemos que existem essas pessoas que querem por sua própria vontade, não por dinheiro, vir ajudar as pessoas que vivem em Donbas, então precisamos dar a elas o que elas querem e ajudá-las a chegar à zona de conflito”, disse Putin.

De acordo com informações da agência de notícias Reuters, durante reunião de Conselho de Segurança russo, o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, ressaltou o número de “voluntários” prontos para lutar com as forças apoiadas pela Rússia na região separatista de Donbas, que inclui Donetsk e Luhasnk.

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Após fala de Putin sobre a possibilidade de que mísseis fabricados no Ocidente e capturados por forças russas sejam entregues às forças separatistas em Donbas, Shoigu disse “por favor, faça isso”.

“Quanto à entrega de armas, especialmente as de fabricação ocidental que caíram nas mãos do exército russo, é claro que apoio a possibilidade de entregá-las às unidades militares das repúblicas populares de Luhansk e Donetsk”, disse Putin.

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De acordo com o ministro da Defesa, forças russas já acumularam “um grande número de armas ucraniana: tanques, veículos armados e todos os tipos de armas pequenas. Além disso, há muitos complexos (de mísseis) Javelin e Stinger”.

Segundo Shoigu, armamentos ocidentais estão entrando na Ucrânia de forma “absolutamente descontrolada” e o Exército russo planeja fortalecer suas fronteiras, após o que disse ser um aumento de unidade militares ocidentais em regiões fronteiriças.

No início desta semana, autoridades do governo dos Estados Unidos já haviam alertado sobre indícios de que a Rússia estaria em contato com sírios para tentar recrutá-los a lutar na Ucrânia. Em nota divulgada pelo Pentágono, uma autoridade da Defesa diz que o número, no entanto, não era claro.

Na segunda-feira, 7, representantes russos e ucranianos se encontraram para a terceira rodada de negociações. Após dois encontros na semana passada que renderam entendimentos escassos para proteção de civis, a terceira rodada de conversas terminou com “pequenos desenvolvimentos positivos”, segundo um representante ucraniano. Apesar do tom mais positivo, a implementação de corredores humanitários, que têm objetivo de facilitar a retirada de civis e a entrada de itens básicos como remédios, tem se mostrado difícil em cidades afetadas pela guerra.

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Tentativas de retirada de civis fracassaram durante o fim de semana e foram interrompidas na segunda e terça-feira por acusações de violações ao cessar-fogo.

A Rússia acusa nacionalistas ucranianos de impedir a saída de civis de regiões combinadas, usando a população como ‘escudo humano’. “Devido à falta de vontade do lado ucraniano de influenciar os nacionalistas ou de estender o cessar-fogo, as operações ofensivas foram retomadas”, disse o major-general Igor Konashenkov, na segunda-feira. 

As autoridades da cidade de Mariupol, por sua vez, disseram que a retirada de civis foi adiada porque militares russos não estariam respeitando a trégua. As prefeituras de Mariupol e Volnovakha disseram que as cidades são alvos de bloqueios e ataques russos, impedindo a saída segura dos civis. Mesmo após o acordo, a Ucrânia vinha alegando desrespeito dos russos ao acordo com as regiões sendo alvos de constantes ataques. As duas cidades foram as únicas autorizadas a funcionar como um corredor de fuga para os civis.

A Organização das Nações Unidas elevou na quarta-feira o número de mortes na Ucrânia para 516 civis, incluindo 37 crianças. Os números reais desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, no entanto, podem ser “consideravelmente maiores”, já que relatórios de autoridades locais costumam ser enviados com certo atraso. A maioria das mortes, segundo a organização, foi causada por armas explosivas, incluindo bombardeios, mísseis e ataques aéreos.

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