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EUA traçam estratégia para possível intervenção na Síria

Indícios do uso de armas químicas fazem Casa Branca considerar ação militar. A pedido de Obama, Pentágono prepara leque de opções ofensivas na região

Por Da Redação
24 ago 2013, 03h58
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  • Diante do agravamento da guerra civil na Síria, com as acusações de que o regime de Bashar Assad teria usado armas químicas contra civis no massacre da última quarta-feira, os Estados Unidos já estudam estratégias para uma possível intervenção no país árabe. Nesta sexta-feira, o secretário de Defesa Chuck Hagel declarou que, a pedido do presidente americano, o Pentágono preparou um leque de alternativas para o caso de Obama decidir lançar uma ação militar contra Damasco.

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    “O Departamento de Defesa é responsável por fornecer ao presidente opções para todo o tipo de contingências”, afirmou Hagel. “Isso exige posicionar nossas tropas e nossos recursos para ser capaz de realizar diferentes opções – qualquer que seja a escolha do presidente.”

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    1. • Durante a onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o governo do ditador Bashar Assad.
    2. • Desde então, os rebeldes enfrentam forte repressão pelas forças de segurança. O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos no país, de acordo com levantamentos feitos pela ONU.
    3. • Em junho de 2012, o chefe das forças de paz das Nações Unidas, Herve Ladsous, afirmou pela primeira vez que o conflito na Síria já configurava uma guerra civil.
    4. • Dois meses depois, Kofi Annan, mediador internacional para a Síria, renunciou à missão por não ter obtido sucesso no cargo. Ele foi sucedido por Lakhdar Brahimi, que também não tem conseguido avanços.

    Plano de ação – Embora o secretário de Defesa não tenha entrado em detalhes sobre as movimentações das forças do país na região, fontes militares relataram para a imprensa dos EUA que a frota americana no Mediterrâneo vai ganhar o reforço de um quarto navio de guerra e que a Marinha recebeu ordens para se preparar para uma possível operação militar na Síria.

    Além disso, um funcionário de alta patente da Defesa americana contou para a rede CNN que a lista de alvos para ataques aéreos no território sírio foi atualizada recentemente. O plano de ação para um eventual bombardeio incluiria o uso de mísseis de cruzeiro, que partiriam de navios estacionados no Mediterrâneo e tornariam desnecessária a entrada de pilotos americanos no espaço aéreo sírio.

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    Em entrevista para a própria CNN nesta sexta, o presidente Barack Obama declarou que os EUA ainda buscam confirmação de que o ataque químico ocorreu, mas que todos os indícios apontam para um “evento de grande preocupação”. Obama destacou que a situação na Síria exige a atenção americana e acrescentou que evitar a proliferação de armas de destruição em massa e proteger as bases e os aliados do país na região são “interesses essenciais” dos EUA.

    No ano passado, Obama defendeu que o uso massivo de armas químicas na Síria significaria a superação de uma “linha vermelha” que obrigaria a Casa Branca a estudar ações mais incisivas sobre o conflito. Depois do massacre da última quarta, França e Grã-Bretanha já se manifestaram a favor de uma ação militar contra Assad caso o uso de gases tóxicos seja comprovado. Aliada do ditador, a Rússia é contra a intervenção e considera o uso da força “inaceitável”.

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    Investigação – No campo diplomático, os americanos anunciaram um esforço conjunto com os russos para convencer o governo sírio e os rebeldes a cooperaram com uma investigação sobre o suposto ataque químico.

    Na quarta-feira, uma ofensiva na periferia de Damasco provocou um número indeterminado de vítimas. A oposição denunciou 1 300 mortes e acusou o regime de ter cometido ataques com gases tóxicos. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que tem uma ampla rede de ativistas e médicos, contabilizou 170 mortes e não confirmou o uso de armas químicas. O regime negou categoricamente o uso de armas químicas.

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