Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

EUA terão de deter dois rivais nucleares pela primeira vez, diz relatório

Nova estratégia de segurança do governo Biden aponta a Rússia e China como potenciais ameaças dentro de uma década

Por Da Redação
13 out 2022, 11h16

A nova estratégia de segurança nacional (NSS) dos Estados Unidos publicada recentemente alertou que o país deverá combater duas principais potências nucleares pela primeira vez. Os arsenais da Rússia e da China são citados no documento como desafios à ordem internacional dentro de uma década.

No texto, o presidente Joe Biden descreve a Rússia como a ameaça mais imediata e perturbadora, apontando para sua postura nuclear sobre a Ucrânia. Ele alerta que o perigo pode crescer à medida que as forças russas continuam sofrendo derrotas no campo de batalha.

+ ‘Levamos a ameaça nuclear de Putin muito a sério’, diz Casa Branca

“Os militares da Rússia terão sido enfraquecidos, o que provavelmente aumentará a dependência de Moscou nas armas nucleares em seu planejamento militar”, diz o plano de estratégia. Sua publicação foi agendada na primavera, mas foi adiada devido à eclosão do conflito em Kiev.

+ Ex-diretor da CIA: EUA dizimariam exército de Putin se usar arma nuclear

Vladimir Putin ameaçou usar “todos os meios” para defender o território russo, no qual ele incluiu a Crimeia, anexado em 2014, e quatro regiões ucranianas que ele agora afirma. O NSS promete que o apoio à resistência ucraniana não seria afetado por tais ameaças.

“Os Estados Unidos não permitirão que a Rússia, nem qualquer poder, atinja seus objetivos através do uso ou ameaça de usar armas nucleares”, diz o documento.

Continua após a publicidade

A expansão do estoque nuclear chinês também é mencionado como motivo de preocupação para Washington a longo prazo.

+ Kim Jong-un ameaça usar armas nucleares contra EUA e Coreia do Sul

“A República Popular da China abriga a intenção e, cada vez mais, a capacidade de remodelar a ordem internacional em favor de uma que inclina o campo de jogo global em seu benefício, mesmo quando os Estados Unidos permanecem comprometidos em gerenciar a concorrência entre nossos países de forma responsável”, alega a diretriz.

A China possui cerca de 350 ogivas nucleares, de acordo com uma avaliação da Federação de Cientistas Americanos. No entanto, o Pentágono acredita que a força chinesa crescerá para mais de 1.000 ogivas até 2030, tornando Pequim a terceira grande potência nuclear.

O estoque da Rússia conta com  5.977 armas nucleares contra 5.428 dos Estados Unidos.

+ Qual o tamanho do arsenal nuclear que a Rússia de Putin tem nas mãos

Sob o último acordo restante de controle de armas em vigor, o novo tratado de Start, os Estados Unidos e a Rússia concordaram com um teto de 1.550 ogivas estratégicas implantadas, referindo-se àquelas ogivas montadas em terra ou mísseis lançados no mar.

De acordo com Daryl Kimball, chefe da Associação de Controle de Armas, a nova estratégia de segurança dos Estados Unidos poderia anunciar uma revisão do tamanho do arsenal do país.

“Eles estão basicamente analisando questões e perguntas que podem levar a um aumento de armas nucleares”, disse Kimball ao jornal britânico The Guardian.

Contudo, o pesquisador defendeu que mesmo que a China tenha o dobro do número de armamento, é preciso reduzir o arsenal estadunidense.

“O que temos é excessivo de qualquer cálculo razoável do que é preciso para impedir um ataque nuclear “, avaliou.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.