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EUA suspendem a proibição de voos para Israel

Decisão só vale para companhias aéreas americanas, mas empresas europeias também devem retomar suas rotas. EUA criticam resolução da ONU contra Israel

Por Da Redação
24 jul 2014, 08h30

A Administração da Aviação Federal (FAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos suspendeu a proibição de voos do país para o aeroporto internacional de Tel Aviv, em Israel, depois de analisar as medidas de Estado judeu para reduzir os riscos à segurança dos passageiros. A decisão passou a valer à 0h45 (horário de Brasília). “Antes de tomar esta decisão, a FAA trabalhou com os seus homólogos do governo dos EUA para avaliar a situação de segurança em Israel e a informação que tivemos é de que o governo local está tomando medidas para reduzir os riscos potenciais para a aviação civil”, informou a entidade por meio de um comunicado publicado em seu site.

A suspensão durou por dois dias e foi tomada sob a alegação do risco que as aeronaves corriam de serem atingidas por foguetes do Hamas. A decisão se aplica apenas às companhias áreas americanas. As outras empresas aéreas que anunciaram suspensão de voos para Tel Aviv, sobretudo as europeias, também devem rever a medida.

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Desde as 20h (de Brasília) de terça-feira, oitenta voos que chegariam ou sairiam do aeroporto internacional de Tel Aviv foram cancelados. Além das companhias americanas, as gigantes europeias Lufthansa e a Air France também suspenderam os voos para Israel. A proibição dos voos dos EUA para Israel foi criticada pelo governo israelense e pelo senador republicado Ted Cruz.

EUA criticam a ONU – A Casa Branca defendeu nesta quarta sua oposição à resolução aprovada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU contra Israel por sua ofensiva militar contra a Faixa de Gaza, por considerá-la partidária. A porta-voz adjunta do Departamento de Estado, Marie Harf, opinou que a resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU “é a última de uma série de ações partidárias anti-israelenses”. Dos 47 países-membros do Conselho, a resolução foi aprovada por 29 votos, enquanto houve 17 abstenções.

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O único voto contrário foi dos Estados Unidos, que consideraram o conteúdo da resolução como “destrutivo” e que a mesma não contribui em nada para o fim das hostilidades. Além disso, o Conselho criou uma comissão para investigar os crimes e violações do direito internacional que tenham sido cometidos, o que foi fortemente rechaçado pelo Departamento de Estado porque, segundo a porta-voz, só aborda um ponto de vista.

Vítimas – Nesta quinta-feira, o leste da cidade de Khan Yunes, no sul da Faixa de Gaza, foi submetido a intensa artilharia de tanques e aviões israelenses, o que levou ao êxodo da população e causou a morte de 26 pessoas, a maioria civis, em apenas 24 horas. A infantaria israelense está enfrentando forte resistência das milícias palestinas no local. Desde que Israel começou sua ofensiva militar contra a Faixa de Gaza no início deste mês, pelo menos 725 palestinos morreram, entre eles muitas mulheres e crianças. Os palestinos feridos passam das 4.300 pessoas. Do lado israelense, 35 pessoas morreram. A comunidade internacional intensifica os esforços diplomáticos para um cessar-fogo, mas as negociações até agora não resultaram em uma trégua.

O Hamas costuma ameaçar as pessoas que tentam fugir dos locais dos bombardeios justamente para tentar fazer com que as imagens de vítimas civis choquem o mundo. Em pelo menos uma dessas oportunidades, a Força Aérea israelense suspendeu um ataque depois que dezenas de civis subiram em um prédio que seria bombardeado. Os civis estavam sendo usados como escudos-humanos para proteger instalações do Hamas. A Faixa de Gaza é uma área de 362 km² (menor que a Zona Sul de São Paulo ou do Rio), densamente povoada, onde vivem 1,8 milhão de pessoas em meio à miséria, submetidas ao comando do Hamas.

(Com agências Reuters, EFE e Estadão Conteúdo)

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