Washington, 4 abr (EFE).- O governo dos Estados Unidos suspenderá o envio de pelo menos US$ 13 milhões em ajuda econômica a Mali devido à crise política provocada pelo golpe de estado que depôs o presidente Amadou Toumani Touré em 22 de março.
O porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Mark Toner, afirmou nesta quarta-feira que o governo dos EUA ‘suspenderá um mínimo de US$ 12,5 milhões’ da ajuda que a Agência Americana para o Desenvolvimento (USAID) concede ao país africano.
O porta-voz acrescentou que os programas de ajuda militar ao país, avaliado em US$ 600 mil, também serão suspensos.
No total, os Estados Unidos enviam cerca de US$ 140 milhões anuais para Mali. De acordo com Toner, a decisão de qual parte da ajuda seria bloqueada foi ‘complexa’ pois não era intenção cortar o auxílio humanitário ao país africano.
Os US$ 12,5 milhões da USAID eram destinados a 13 programas, que incluíam ‘a capacitação do Ministério da Saúde para implementar programas de saúde, incluídas atividades de saúde materna e infantil, Aids e malária’, explicou Toner.
Além disso, financiavam ‘a construção de escolas públicas, o aumento de produção agrícola e a melhoria da capacidade governamental para incentivar o investimento’, acrescentou.
Esta ajuda será suspensa ‘porque vai diretamente ao governo de Mali’, que se encontra sob controle da junta militar que realizou o golpe não reconhecido pelos Estados Unidos.
O fator que desencadeou o golpe em Mali foi a crise no norte do país, onde separatistas tuaregues convivem com as atividades da rede terrorista Al Qaeda.
Após mais de dois meses e meio de enfrentamentos, que custaram a vida de centenas de soldados, os independentistas tuaregues assumiram o controle de uma área de 850 mil quilômetros quadrados no norte do país. EFE