Washington, 19 dez (EFE).- O Governo dos Estados Unidos, que observa atentamente a situação após a morte do líder norte-coreano Kim Jong-il, reiterou seu compromisso com a estabilidade na região, embora tenha afirmado que não percebe ‘mudanças alarmantes’ na Coreia do Norte.
O porta-voz da Casa Branca, Dan Pfeiffer, disse à emissora ‘MSNBC’ que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, manteve contatos com os Governos da Coreia do Sul e do Japão depois de confirmada a informação sobre a morte do líder norte-coreano, após 17 de anos dirigindo o país mais fechado do mundo.
Outro porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, em declaração escrita pouco mais cedo, tinha dito que os ‘Estados Unidos continuam comprometidos com a estabilidade na península da Coreia, a liberdade e a segurança de seus aliados’.
O Governo americano esteve ponderando um esforço de aproximação com o Governo da Coreia do Norte, que incluiria ajuda alimentícia para o país asiático.
Carney explicou que Obama conversou com o presidente sul-coreano, Lee Myung-Bak, por volta da meia-noite (horário de Washington) e Pfeiffer disse que manteve um contato de alto nível com o Governo da China.
Já o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA, Martin Dempsey, disse que Washington e seus aliados ‘não viram mudança alguma no comportamento norte-coreano de uma natureza que seja alarmante’.
Dempsey fez suas declarações aos jornalistas que o acompanham em uma viagem na Alemanha e o relatório foi divulgou pela Agência de Imprensa das Forças Armadas.
O chefe militar disse que está preocupado com a transição que ocorrerá no Governo da Coreia do Norte, mas ‘não houve mudanças no nível de alerta das forças americanas’ alojadas na Coreia do Sul.
A Coreia do Norte anunciou a morte de Kim Jong-il nesta segunda-feira e prepara a sucessão de seu filho mais novo, Kim Jong-un, na liderança de um imprevisível regime comunista com capacidade nuclear.
Com relação a isto, Dempsey afirmou que Kim Jong-un, que acredita-se ter nascido em 1983, ‘é um pouco jovem para estar nessa posição’.
‘Teremos que ver primeiro se ele é de fato o sucessor, e como reage às responsabilidades de Governo com as quais não teve que lidar até agora’, acrescentou. EFE