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EUA propõem projeto alternativo de resolução da ONU sobre Gaza

Esboço foi apresentado pouco depois de Washington anunciar que vetaria projeto da Argélia no Conselho de Segurança

Por Da Redação
19 fev 2024, 17h22

Os Estados Unidos esboçaram uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que pede um cessar-fogo temporário na Faixa de Gaza “o mais rápido possível” e que se opõe à ofensiva terrestre de Israel na cidade de Rafah. O documento, apresentado nesta segunda-feira, 19, diz que o Conselho de Segurança deveria destacar “seu apoio por um cessar-fogo temporário em Gaza o mais rápido possível, com base na fórmula de que todos os reféns sejam libertados”, enquanto ao mesmo tempo “suspende todas as barreiras à entrega de assistência humanitária” em Gaza.

Depois de resistência de Washington a apoiar um cessar-fogo regional, o movimento segue a recente conversa que o presidente americano, Joe Biden, teve com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. No início do mês, o democrata reconheceu que a resposta militar de Israel foi “exagerada,”, citando o alto número de mortes entre civis palestinos.

Pelo menos 29.092 pessoas morreram e 69.028 ficaram feridas em ataques israelenses a Gaza desde 7 de outubro, segundo as autoridades palestinas. Entre israelenses, ao menos 1.139 pessoas foram mortas nos ataques liderados pelo grupo militante palestino Hamas contra Israel em 7 de outubro.

O esboço diz também que uma grande ofensiva terrestre em Rafah “resultaria em mais danos aos civis e no seu maior deslocamento, incluindo potencialmente para países vizinhos”. Atualmente, Israel planeja atacar a cidade onde estão abrigados mais de 1,5 milhão dos 2,3 milhões de palestinos em Gaza, elevando a preocupação internacional sobre um agravamento da crise humanitária.

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Não é claro, no entanto, quando ou até mesmo se o projeto de resolução será submetido a votação no Conselho de Segurança. Qualquer resolução precisa de pelo menos 9 votos a favor e nenhum veto de EUA, Rússia, China, França ou Reino Unido para ser aprovada.

O esboço foi adotado depois que a Argélia, único país árabe do conselho, solicitar no sábado uma votação na terça-feira seu projeto de resolução, que exigiria um cessar-fogo. No entanto, a embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, sinalizou que seria vetado, dizendo que uma aprovação poderia comprometer as “negociações sensíveis” sobre reféns israelenses em Gaza.

Durante votações, Washington vetou duas vezes resoluções do Conselho de Segurança e se absteve outras duas vezes, permitindo que o conselho adotasse resoluções que visavam aumentar as entregas de ajuda humanitária a Gaza.

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Rafah

No domingo, Benny Gantz, membro do gabinete de guerra e ex-ministro da Defesa de Israel, afirmou que o Hamas tem até 10 de março, data que coincide com o início do Ramadã, mês sagrado islâmico, para libertar todos os reféns israelenses. Caso contrário, será lançada a já anunciada ofensiva contra Rafah, cidade ao sul que abriga cerca de 1,5 milhão de deslocados internos da guerra em Gaza.

Na semana passada. o chefe de assuntos humanitários das Nações Unidas, Martin Griffiths, alertou que um ataque terrestre de Israel contra Rafah poderia levar a um “massacre”. Segundo ele, Gaza já estava sofrendo um “ataque sem paralelo em sua intensidade, brutalidade e alcance”, mas as consequências de uma invasão de Rafah seriam ainda mais “catastróficas”.

De acordo com o funcionário da ONU, mais de um milhão de pessoas estão “amontoadas em Rafah, encarando a morte de frente”, e que nenhuma delas tem “qualquer lugar seguro para ir”. Referindo-se à assistência das Nações Unidas aos palestinos, Griffiths acrescentou que uma invasão israelense “deixaria a operação humanitária já frágil à beira da morte”.

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O ministro da Defesa, Yoav Gallant, disse nesta sexta-feira, 16, que as Forças de Defesa de Israel (IDF) estavam planejando operações em Rafah visando combatentes, centros de comando e túneis do Hamas, embora não tenha dado um cronograma para a campanha. Segundo ele, “medidas extraordinárias” estavam sendo tomadas para evitar mortes de mais civis. 

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