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EUA podem impor novas sanções contra o Irã

Enquanto assessor de segurança dos EUA visita Israel para discutir tema, clérigo iraniano ameaça retaliar ataques americanos

Por Da Redação
Atualizado em 22 ago 2018, 18h11 - Publicado em 22 ago 2018, 11h40

O assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, que realiza uma visita oficial a Israel, afirmou nesta quarta-feira 22 em entrevista coletiva em Jerusalém que a Casa Branca estuda possíveis novas sanções econômicas contra o Irã.

Bolton afirmou que a questão da ameaça iraniana foi o tema predominante nos encontros com autoridades e altos cargos de segurança nos últimos dias em Israel, onde se reuniu, entre outros, com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e com o presidente, Reuven Rivlin.

“As consequências da redução de recursos do regime, acreditamos, já foi manifestada de algum modo nas restrições à Força Al Quds na Síria e no Iraque e, quem sabe, também em sua assistência aos houthis no Iêmen. Isso é muito importante”, disse Bolton.

Ele ainda advertiu que o governo americano “não vai parar por aí” e está falando de “sanções econômicas adicionais que poderiam ser impostas para atingir o objetivo do presidente (Donald Trump) de máxima pressão” ao regime iraniano.

Segundo Bolton, o governo americano está disposto a alcançar um acordo com o regime iraniano. Porém, se Teerã não cumprir as exigências de Washington, o país exercerá “pressão máxima para deixar claro que nunca obterão armas nucleares operacionais”, advertiu.

A designação de Bolton como conselheiro de Segurança Nacional no início do ano foi encarada por muitos como o reconhecimento aberto de uma estratégia que teria como objetivo final a queda do regime iraniano.

Ameaças

Ahmad Khatami, um graduado clérigo iraniano advertiu nesta quarta-feira que se os americanos atacarem o Irã, os Estados Unidos e seu aliado Israel também serão atacados em resposta.

Khatami ainda disse a fiéis em Teerã que a proposta do presidente Donald Trump de realizar negociações com líderes iranianos é inaceitável, uma vez que Trump quer que Teerã abra mão de seu programa de mísseis e de sua influência regional.

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“Americanos dizem que deveríamos aceitar o que eles dizem nas conversas. Então, isso não é uma negociação, mas uma ditadura. A República Islâmica e a nação iraniana combateriam uma ditadura”, disse Khatami, segundo a agência de notícias Mizan.

O religioso faz parte da Assembleia de Especialistas nacional e foi designado oficialmente pelo aiatolá Ali Khamenei para realizar as preces oficias toda sexta-feira em Teerã.

“O preço de uma guerra com o Irã é alto para a América. Os americanos sabem que, se prejudicarem o Irã, os Estados Unidos e seu principal aliado na região, o regime sionista de Israel, serão visados”, disse Khatami.

No Irã, os religiosos possuem grande influência política, já que o sistema de governo é uma teocracia. A chamada Assembleia de Especialistas, formada só por clérigos, tem o poder de escolher e dispensar o líder supremo do país, por exemplo.

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(Com EFE, Reuters e AFP)

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