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EUA passam a apoiar candidatura do Brasil à OCDE

Washington prometeu incentivar entrada do país na organização em troca de decisão do Brasil de abrir mão de tratamento especial na OMC

Por Da Redação
Atualizado em 23 Maio 2019, 17h44 - Publicado em 23 Maio 2019, 12h43

Os Estados Unidos cumpriram nesta quinta-feira, 23, sua promessa de apoiar oficialmente o ingresso do  Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), segundo o Itamaraty. A recusa do país governador por Donald Trump era o principal obstáculo à candidatura brasileira.

“O Brasil agradece o gesto de confiança e está pronto a trabalhar com todos os membros e o Secretariado no processo de acessão. Passo decisivo!”, afirmou o Itamaraty em sua conta no Twitter.

A posição americana foi expressa pela Embaixada dos Estados Unidos em Brasília nesta quinta-feira, quando em Paris está reunido o Conselho da OCDE, que decidirá sobre novas adesões. Até agora, os Estados Unidos apoiavam apenas a inclusão da Argentina. Os europeus querem o ingresso da Croácia, Romênia e Bulgária.

A promessa dos Estados Unidos foi um dos resultados da visita de Jair Bolsonaro ao presidente americano, em março. O pleito brasileiro foi encampado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que vê a adesão ao chamado clube dos países ricos como um selo internacional de confiança no Brasil.

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“Estou apoiando o Brasil para entrar na OCDE”, dissera Trump, no Salão Oval da Casa Branca, onde recebera Bolsonaro no dia 19 de março.

O apoio formal dos Estados Unidos para a entrada do Brasil na OCDE é considerado crucial, mas veio com uma contrapartida. Em troca, o governo brasileiro concordou em “começar a renunciar” ao tratamento diferenciado dado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) aos países em desenvolvimento. Para Washington, isso ajudaria a abrir caminho para a reforma que o país propõe nas regras globais de trocas comerciais.

No início de maio, o assessor especial para assuntos internacionais do governo Bolsonaro, Filipe Martins, desmentiu a informação de que diplomatas americanos descumpriram o acordo feito com o Brasil sobre a OCDE. Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, representantes de Washington não haviam se manifestado sobre o tema em reunião da organização, em Paris, contrariando o que seria esperado pelas autoridades brasileiras.

Em postagem no Twitter, Martins disse que a posição americana permanecia a mesma. Segundo ele, contudo, “há um impasse sobre o número de vagas a serem abertas na organização, decisão que demandará consenso: enquanto países europeus desejam abrir 6 vagas, outros desejam abrir apenas 4, mas todos apoiam o acesso do Brasil”.

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