EUA frustram plano para matar embaixador saudita no país
A Casa Branca já possui dois suspeitos; um deles é membro da guarda iraniana
A polícia secreta dos Estados Unidos, o FBI, e a agência nacional de combate às drogas, a DEA, desmontaram um plano terrorista do Irã para bombardear as embaixadas de Israel e Arábia Saudita em Washington e matar o embaixador saudita nos EUA, Adel Al-Jubeir. O plano foi descoberto durante uma investigação conjunta dos órgãos americanos, ao interceptar conversas telefônicas em que iranianos tratavam da morte do embaixador.
Agora, as autoridades do país investigam a possibilidade de o governo iraniano estar envolvido no ataque frustrado. Documentos identificam um dos suspeitos, Gholam Shakuri, como membro da Guarda Revolucionária Iraniana. Outro nome identificado por uma corte federal de Nova York foi Manssor Arbabsiar, também iraniano, mas naturalizado cidadão americano. Este foi preso no final de setembro, enquanto Shakuri ainda está foragido.
Segundo o promotor-geral Eric Holder, o plano foi “concebido” no Irã pelas forças Qurds, parte da Guarda Revolucionária Iraniana. “O plano foi patrocinado e dirigido pelo Irã”, disse. Oficiais iranianos de alto escalão também estariam entre os responsáveis. Holder acrescentou que a Casa Branca reflete sobre quais serão as medidas tomadas nas próximas horas.
Em julho e agosto, Arbabsiar pagou 100.000 dólares a um informante da DEA pelo assassinato do diplomata saudita. Preso no mês passado no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, o suspeito teria confessado o plano para o atentado, dizem autoridades. Arbabsiar, que deve comparecer à corte nesta terça, pode ser setenciado à prisão perpétua se for condenado por todas as acusações, afirmou o Departamento de Justiça.